Cruzamento do bairro Nova Lima foi tomado por terra e pedras após temporal desta segunda-feira (04). Quem mora na região diz que a situação é comum, mas nunca nesta proporção. Carros precisaram desviar e motociclistas desceram da moto com medo de cair com as pedras.

O cruzamento compreende a rua Lino Villacha e outras quatro ruas (Padre Antônio Franco, Tapaua, Pindaré e Abraão Anache), o que contribui para que a enxurrada seja forte no cruzamento.

Vendedora em uma loja na região, Madalena da Silva, 43, conta que sempre que chove é comum alagar no local, mas dessa vez mais crítico. “Arrastou muita pedra. Eu estava dentro da loja e pessoal de moto deixava a moto na calçada para descer a pé com medo da enxurrada”, conta.

Em vídeo gravado por ela mais cedo, é possível ver grande enxurrada no cruzamento das ruas, com bastante terra e pedras. Vários veículos precisaram desviar, enquanto outros se arriscaram na correnteza.

Chuva levou parte do asfalto no Nova Lima

O temporal desta segunda-feira (4) levou parte do asfalto da Rua Jerônimo de Albuquerque, no Nova Lima, em Campo Grande. Um dos moradores reclama que o problema no asfalto surgiu há 40 dias, e se agravou com as chuvas que acontecem desde o último sábado (2).

Segundo Osmildo Geraldo Vieira, 70 anos, que é dono de uma borracharia no local, o problema foi causado por uma distribuidora de gás. “Eles vieram fazer uma manutenção na tubulação e desde então o asfalto ficou mal feito. Hoje, o que restou foi levado e ficou essa cratera aí”, relata.

Muita chuva

Até às 13h desta segunda-feira (04), choveu 108 mm de chuva em Campo Grande nos primeiros dias de dezembro. O volume representa 48% dos 224,9 mm esperados para o mês inteiro, segundo dados do Cemtec/MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul).

Os 108,2 mm de chuva foram registrados na estação meteorológica da Embrapa Gado de Corte, localizada na saída para Aquidauana. A região foi uma das mais afetadas pela chuva no domingo (03), que deixou diversos estragos, como danos a estátua de tuiuiús em frente ao aeroporto de Campo Grande.

Ainda conforme dados do Cemtec/MS, nestes primeiros dias de dezembro foram registradas 96 mm na estação da Upa Universitário, 61 mm no Jardim Panamá e 59 mm no Santa Luzia. O esperado para o mês soma 224,9 mm, considerando a média histórica de chuvas de dezembro.

Segundo o meteorologista do Cemtec/MS, Vinicius Sperling, as chuvas são causadas por uma frente fria oceânica e baixa pressão no Paraguai. O tempo instável deve continuar até quinta-feira (07).