Sem novas doses há três meses, Campo Grande não amplia público para vacinação contra mpox

Estado recebeu em março deste ano apenas 332 doses para cobertura vacinal do público-alvo

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Vacinação em Campo Grande. (Nathalia Alcântara/Jornal Midiamax)

Campo Grande segue sem previsão para receber novas vacinas contra mpox. Sem a remessa, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) não recebe orientação para ampliação do público-alvo, que continua sendo para pessoas com HIV, profissionais da saúde que trabalham em laboratórios de coleta e podem estar expostos ao vírus.

Havia expectativa de ampliação para outros públicos, já que houve aumento de casos em investigação em Mato Grosso do Sul, entretanto, “até o momento não há nenhuma orientação do Ministério da Saúde quanto à ampliação do público ou ao recebimento de um novo lote da vacina”, informa a Sesau.

Já a SES (Secretaria Estadual de Saúde) explicou que segue as recomendações do Ministério da Saúde, conforme a nota técnica, as últimas atualizações do público-alvo da estratégia de vacinação aconteceram em julho, portanto, podem se vacinar:

  • Pessoas vivendo com HIV/Aids: homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais, com idade igual ou superior a 18 anos, independente do status imunológico identificado pela contagem de linfócitos TCD4;
  • Pessoas na estratégia PrEP (profilaxia pré-exposição ao HIV) nas unidades de saúde municipais de vacinação;
  • Profissionais de laboratório que trabalham diretamente com ao vírus e que possuam de 18 a 49 anos.

Sem novas doses

“A SES recebeu em março deste ano a primeira remessa da vacina MVA-BN Jynneos Mpox com 332 doses do imunizante e ainda não houve a necessidade de envio de remessa com doses adicionais. Os municípios considerados para receber os imunizantes contra a Mpox são Campo Grande, Dourados e Três Lagoas. As vacinas são ministradas em duas doses, D1 e D2, com intervalo mínimo de 28 dias entre as doses”.

Conforme o boletim epidemiológico da doença, publicado em junho, Mato Grosso do Sul tem entre 50 a 200 casos confirmados ou prováveis de mpox, com incidência de 3,1 a 5,0 em positivos e suspeitos.

Até 31 de maio deste ano, foram relatados 16 óbitos por mpox no Brasil, sendo cinco no Rio de Janeiro, quatro em Minas Gerais, três em São Paulo, um no Maranhão, um em Santa Catarina e um no Pará.

O que é a mpox?

Apesar do alerta, o Ministério da Saúde classifica a mpox como uma doença viral de baixíssima letalidade. A doença é uma zoonose causada pelo vírus do gênero Orthopoxvirus, pertencente à família Poxviridae. A essa família, também pertencem os vírus da varíola e o vírus Vaccínia.

No caso de sintomas, como febre alta e súbita, dor de cabeça, aparecimento de inchaços popularmente conhecidos como ínguas, náuseas, cansaço, feridas ou lesões no corpo, o paciente deve procurar atendimento na Unidade de Saúde mais próxima de casa. Em caso de confirmação da doença, será feito um tratamento de suporte e o paciente deve ser isolado.

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