Transferido há três anos de para o Instituto Penal de Campo Grande, um interno de 33 anos sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral), perdendo a mobilidade, consequentemente, ele não consegue se alimentar, falar e estaria defecando nas vestimentas, sendo cadeirante após o derrame. A família denuncia omissão da (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), já que não foram avisados sobre o estado de saúde do interno, que teria piorado na última semana.

A irmã, que preferiu anonimato, disse que a esposa de outro soube da situação e comunicou os familiares, que moram em Rio Brilhante. Os pais são idosos e há dificuldade em viajar até a Capital constantemente. Segundo ela, contrataram um advogado para entrar no caso e solicitar a prisão domiciliar.

“Ele está dependente da ajuda de outros presos, que dão comida na boca dele e o limpam quando defeca na roupa, mas ele está magro e já não consegue mastigar, o certo seria uma sonda. O advogado irá reunir a documentação para tirar ele dessa. Soubemos que ele foi levado para um posto de saúde, não foi encaminhado para um hospital, pois isso solicitamos que ele seja levado para um hospital particular e escolta policial”, disse.

Nesta quinta-feira (1º), a família prevê chegada a cidade para agilizar o processo e fazer visitação ao interno. “Ele está doente e estamos desesperados por ajuda”.

A esposa conta que o interno tem diagnóstico de tuberculose, que pode ter causado o AVC. “Ele foi preso por tráfico de drogas em 2018, pegou tuberculose e quase morreu no ano passado. Faz uns cinco dias que soubemos que o estado de saúde dele piorou lá dentro”.

Agepen nega

Em nota, a Agepen informou que o presidiário recebeu atendimento médico na unidade prisional, foi encaminhado para atendimento de saúde externo [UPA Tiradentes] na última sexta-feira (26) e na terça-feira (30), nas duas vezes sendo liberado pelo médico para retorno à unidade prisional. “O interno possui a cadastrada como visitante, bem como é atendido por advogado”.

Não houve confirmação sobre o estado, praticamente, vegetativo e sem condições para se alimentar sozinho, entretanto, a agência disse que a Ouvidoria pode orientar a família, uma vez que podem solicitar prisão domiciliar a assistência é feita pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

A regulação para um hospital seria de responsabilidade da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), que também foi procurada pela reportagem, mas esclareceu que “não passa informações sobre o prontuário dos pacientes, uma vez que estes são documentos pessoais e só podem ser retirados pelo próprio paciente ou por alguém autorizado por ele”.