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Cotidiano

Prefeitura diz que vai reestruturar saúde com quatro novas UPAs e reformar 74 postos até 2024

Unidades de saúde estão com problemas de estrutura em problema que se arrasta por anos em Campo Grande
Clayton Neves -
Última unidade de saúde inaugurada foi no Jardim Presidente, há um ano. (Foto: Marcos Ermínio, Midiamax)

Dois anos é o prazo fixado pela Prefeitura de para dar nova cara à estrutura da atenção básica de saúde da Capital. Entre as mudanças, o Município aponta, por exemplo, reforma em todas as unidades 24 horas, além da construção de duas novas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), o que ampliaria a capacidade de atendimento.

Em novembro de 2021, as propostas já apareciam na lista de interesses da Prefeitura, que chegou a divulgar valores estimados para algumas das mudanças previstas. Passado pouco mais de um ano, a Sesa (Secretaria Municipal de Saúde) estabeleceu que os projetos devem sair do papel até 2024.   

Além da reforma nas UPAs dos bairros Santa Mônica, Leblon, Universitário, Vila Almeida, Coronel Antonino e Moreninha 3, os quatro CRSs (Centros Regionais de Saúde) passarão por obras maiores, para que também sejam habilitados como Unidades de Pronto Atendimento, aumentando para 10 o total de UPAs disponíveis na cidade.

Os Centros de Saúde ficam nos bairros Tiradentes, Coophavilla 2, Nova Bahia e Aero Rancho. No final de 2021, o custo para transformar o CRS Aero Rancho em UPA estava estimado em R$ 5 milhões para as adaptações. Já para o Tiradentes, o total avaliado foi de R$ 2 milhões, garantidos por emenda parlamentar. 

Conforme informou a Sesau, dentro do prazo de dois anos, está prevista a de 74 unidades básicas de saúde, além da construção de outras duas nos bairros Jockey Clube e Nova Esperança.

Últimas unidades inauguradas

A última inauguração de unidade de saúde em Campo Grande aconteceu há um mês. No dia 21 de dezembro do ano passado, a prefeita Adriane Lopes (Patriota) inaugurou USF (Unidade da Saúde da Família) do Bairro Presidente, com capacidade para receber nove mil moradores da região. 

A unidade teve obra paralisada em 2015 e foi a 11ª unidade da atenção primária entregue em cinco anos. A estimativa é de que os 11 postos atendam 150 mil pessoas das sete regiões da cidade.

A última UPA, a da Moreninha 3, foi inaugurada em fevereiro de 2016 pelo então prefeito Alcides Bernal. O valor empenhado foi de R$ 5,1 milhões e a obra demorou três anos para ser entregue.

Reforma da UPA Vila Almeida

No início de janeiro, o secretário municipal de Saúde, Sandro Benites, assinou ordem de serviço para início da reforma da UPA Vila Almeida, a primeira da lista. O valor do contrato foi de R$ 2,3 milhões e a obra deve ser entregue até o fim deste ano.

Em 2021, pacientes se assustaram com faixa de mofo no teto. (Foto: Fala Povo)

Pelo projeto, melhorias serão feitas na cobertura, instalações elétricas e nos banheiros, que receberão novos equipamentos de acessibilidade. Além disso, a reforma também passará pela estrutura dos consultórios, pintura interna e externa, troca de portas, janelas e o piso da unidade. Durante a reforma, o fluxo de pacientes será reorganizado.

Desde 2021, o Jornal Midiamax noticia denúncias de moradores sobre a estrutura desgastada da unidade da Vila Almeida. No dia 26 de outubro de 2022, uma mãe caiu com um bebê de três meses ao sentar em um banco da UPA. A base do assento estava toda enferrujada e entortou.

Em 2021, pacientes se assustaram com densa área de mofo no teto após fortes chuvas que atingiram a cidade. Em diversos dias de chuva, foram feitas várias sobre a água que invadia o posto.

Problema antigo

O desgaste das unidades de saúde de Campo Grande já é problema que se arrasta por anos. Em tempos de chuva, como é o caso do último mês, a situação crítica fica ainda mais evidente com relatos de unidades tomadas por água e ainda mais danificadas após os temporais.

No dia 19 de janeiro, por exemplo, moradores filmaram o teto do CRS (Centro Regional de Saúde) do Bairro Nova Bahia, tomado por infiltrações graves, inclusive, com gotas de água caindo no chão. Para evitar o piso molhado, servidores usaram papelão e baldes pelo espaço.

Uma semana antes, a história foi a mesma no CEM (Centro de Especialidades Médicas), com goteiras caindo pelo teto, enquanto baldes foram espalhados pelos corredores para impedir, sem sucesso, que o piso ficasse molhado no local que recebe diariamente idosos e pessoas em tratamento ortopédico.

Em setembro de 2022, a UBS (Unidade Básica de SaúdeVila Carlota teve o atendimento ao público suspenso depois de o telhado ser danificado e o espaço de atendimentos ser invadido pela chuva.

No mesmo ano, por mais de uma vez, as Unidades de Pronto Atendimento do Santa Mônica e do Universitário também foram afetadas. No dia 15 de maio, sala de medicação da ficou alagada e uma paciente que recebia medicamentos na veia gravou a área ser invadida pela chuva enquanto era atendida.

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