Ponte que cedeu e ‘engoliu’ caminhonete segue sem reparos e causa novos acidentes em Campo Grande

Mesmo com o risco de quedas, motoqueiros, ciclistas e pedestres atravessam o que restou da ponte

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Foto: Kísie Ainoã/ Midiamax

A cratera que se abriu na ponte da rua Rivaldi Albert, próximo à Avenida Guaicurus, região do Alves Pereira, ainda não foi solucionada. A ponte cedeu no dia 26 de fevereiro, quando uma caminhonete que passava pelo local foi ‘engolida’ e ficou com a parte dianteira presa. Moradores da região reclamam de acidentes envolvendo motos e bicicletas que tentam atravessar o que sobrou da rua, além de assaltos constantes no local.

Mesmo com riscos de mais desabamento, motoqueiros, ciclistas e pedestres se arriscam a atravessar no pedaço da rua que ainda está de pé. A equipe do Jornal Midiamax foi até o local e foi surpreendida por um acidente envolvendo um motoqueiro. O homem, que não quis se identificar, disse que voltava para a casa por aquele caminho, escorregou com a moto e caiu no buraco. “Foi a primeira vez que passei por aqui, não sabia do buraco e acabei escorregando”, explica.

A rua é um caminho mais perto para quem deseja atravessar o bairro, e por esse motivo, muitas pessoas ainda circulam por lá. Em um período de meia-hora, em que o Midiamax estava no local, 16 motos foram contadas atravessando a ponte, uma delas carregando dois botijões de gás.

Vigilante patrimonial, Francisco Ramão Amarilha precisa atravessar a ponte todos os dias para trabalhar. “Medo a gente tem, mas precisamos enfrentar essa batalha para ir trabalhar”, comenta. O vigilante já viu duas motos caírem no buraco, e soube de um entregador que também se acidentou.

Outro problema que os moradores da região têm enfrentado no local é a falta de segurança. Isso porque os postes de iluminação na ponte estão queimados, ficando muito escuro durante a noite. Com o medo de cair no buraco, e ainda sem conseguir enxergar o caminho, as pessoas passam devagar pelo local e os assaltantes se aproveitam para roubar celulares e demais pertences.

O encarregado de pátio, Rodrigo Ribeiro da Costa, afirma que o local, por ser uma via isolada e agora de difícil acesso, ficou muito mais perigoso. “Além do perigo da queda, os dependentes químicos da região roubaram a fiação, e daqui pra lá não tem iluminação. A gente corre um risco diário aqui”, comenta.

A dona de casa, Janaína Reis, conta que recentemente um idoso alcoolizado desequilibrou da bicicleta e chegou a cair no buraco, sendo socorrido pelo Corpo de Bombeiros. “Ali está muito perigoso. Durante a noite estão assaltando. Se passar com celular, a gente é assaltado pelos bandidos que ficam escondidos ali”, explica.

Questionada sobre os reparos da ponte, a Prefeitura de Campo Grande afirma que foi observado um problema mais sério do que se pensava inicialmente. A obra no local exige uma substituição da estrutura atual, aduelas, por uma ponte. Os projetos foram feitos e estão em fase de orçamento. A contratação será feita pela Secomp (Secretaria-Executiva de Compras Governamentais).

Acidente que ‘engoliu’ a caminhonete

Há dois meses, uma caminhonete que transportava uma família sofreu acidente ao passar por cima de ponte que acabou cedendo, na Rua Rivaldi Albert, próximo à Avenida Guaicurus, região do Alves Pereira.

A família com quatro adultos seguia pela via quando a caminhonete S-10 ficou com a parte dianteira presa na cratera. Todos os passageiros conseguiram sair do veículo e ninguém ficou ferido.

Veículo ficou suspenso na ponte (Foto: João Paulo)

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