Para reduzir atropelamentos de animais no Pantanal, BR-262 terá 7 metros desmatados de cada lado

Plano emergencial também prevê o cercamento de 18 trechos, em áreas de córregos, vazantes e “hotspots”.

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Ação emergencial, após relatório de monitoramento apresentado pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), em um trecho da BR-262, vai desmatar sete metros de cada lado, a partir do acostamento. A intenção é mitigar os atropelamentos da fauna no pantanal sul-mato-grossense. Além disto, o plano prevê o cercamento de 18 trechos, em áreas de córregos, vazantes e “hotspots” (áreas naturais ameaçadas de extinção).

“Os dados que tivemos acesso estão no relatório de monitoramento do Dnit. Também ocorre uma ação no MPF [Ministério Público Federal]. Serão desmatados sete metros para cada lado a partir do acostamento e é algo que foi definido após vistoria técnica do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] na rodovia”, afirmou ao Jornal Midiamax a superintendente Joanice Battilani.

Segundo a superintendente, a inspeção recente na rodovia teve o objetivo de avaliar a proposta de execução do plano de mitigação de atropelamentos de fauna. Ao todo, 284 km de extensão da rodovia foram verificados, no trecho que liga o município de Anastácio à cidade de Corumbá, ambos no pantanal sul-mato-grossense.

Plano contra atropelamentos ocorrerá no prazo de 2 anos

Filhote de onça atropelado na BR-262. (O Pantaneiro/Arquivo Pessoal)

Ainda de acordo com o Ibama, o plano de mitigação de atropelamentos ocorrerá no prazo de dois anos.

No caso das cercas, serão implantadas no padrão de 1,60 metro a 2 metros, em áreas associadas aos córregos e vazantes, totalizando cerca de 140 km – 70 km de cada lado – da rodovia.

“É uma medida importante pra reduzir o acesso dos animais na pista, considerando que cursos d’água são corredores naturais de fauna e as passagens inferiores são muito importantes também. Nós também consideramos que existem os corredores ecológicos de grandes mamíferos, da Serra da Bodoquena para a planície pantaneira, como as onças pintadas, que atravessam na região do Morro do Azeite para o Rio Miranda”, ressaltou.

Redutores de velocidade e sinalizadores eletrônicos

Nesta análise, o Ibama ainda defende a reativação urgente dos redutores de velocidade, bem como os sinalizadores eletrônicos. No entanto, enquanto isto não ocorre, a medida emergencial é a supressão da vegetação com o objetivo de melhorar a visibilidade dos motoristas e evitar que a fauna ocupe essas áreas como refúgio na época de enchentes.

“A ação também busca evitar o fogo, que sempre tem início às margens da rodovia. A Superintendência do Ibama em Mato Grosso do Sul vai apoiar a condução do processo junto ao DNIT, tanto na execução como no monitoramento da efetividade das ações. São medidas de segurança da rodovia, que evitam acidentes, atropelamentos da fauna, melhoram a visibilidade dos motoristas e reduzem possíveis focos de incêndios”, finalizou a superintendente.

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