Nas palavras de quem convivia no dia a dia, Letícia de Mello da Silva era uma menina amável, aliás, os adjetivos encontrados para descrevê-la estão associados à simpatia e felicidade da bancária, morta prematuramente aos 28 anos.

“Doce, feliz, amável e sorridente. Ela era uma pessoa incrível”, define Janete Velasque, de 54 anos, durante velório da jovem na tarde deste sábado. Indício de que a ficha ainda não caiu, por vezes a comadre da família se refere a Letícia ainda no presente, enquanto resgata  lembranças da menina dedicada que gostava de viajar. “A Lê deixa um legado de alegria”, completa. 

Letícia era bancária e tinha 28 anos.

Prima de Letícia, Rafaelle Velasque, de 31 anos,lembra da disposição da jovem que sempre se propunha a ajudar. “Ela sempre foi muito feliz, sempre quis fazer o bem para as pessoas e qualquer coisa que você pedia pra Letícia ela estava disposta, nunca tinha um não vou”, comenta. 

Com a partida tão trágica e repentina, o desejo para a família é que Letícia seja recebida da melhor forma em outro plano. Que Deus receba ela com essa alegria que sempre esteve presente em toda vida dela, porque ela sempre foi muito alegre”, finaliza.

Tia de consideração, Eloisa Nunes Fonseca conhecia a bancária desde criança. “A gente se falava toda semana”, relata. Para ela, ficam as boas recordações. “Eu perdi uma filha, não sei como vai ser agora com esse vazio”, conclui.

O acidente

Na noite de ontem (10), o carro onde Letícia estava bateu de frente com a caminhonete conduzida pelo padre Wagner Divino de Souza, de 45 anos, sacerdote da Catedral Nossa Senhora da Abadia e Santo Antônio de Pádua. Ela e as amigas Carolina Peixoto dos Santos, Lais Moriningo Paim, Leticia de Mello da Silva e Kaena Guilhen Fernandes morreram na hora. 

Levantamento da perícia aponta que o carro em que elas estavam tentou fazer uma ultrapassagem em faixa contínua e provocou a colisão. 

Conforme informações do boletim de ocorrência, o carro em que as jovens estavam com uma quinta mulher, saiu de Campo Grande com destino a Rio Verde. A caminhonete  era ocupada por um homem de 45 anos, que seguia no sentido Jaraguari – Campo Grande.

A Polícia Civil e a Perícia constataram, após análise prévia da dinâmica do acidente, que a motorista do Argo teria tentado ultrapassagem em faixa contínua, quando colidiu frontalmente com a caminhonete. 

 O caso foi registrado como lesão corporal culposa e homicídio culposo na direção de veículo automotor.