Renata Ventura de Oliveira, 42 anos, tem endometriose, uma doença que afeta o útero e causa fortes cólicas abdominais, entre outros sintomas. Ela convive com a doença há anos e atualmente enfrenta hemorragias fortes diárias. A solução é a retirada total do útero, cirurgia a qual ela está na fila há quatro anos.

“Estou perdendo muito sangue já não sei mais o que fazer”, diz Renata, que convive com uma dor incapacitante e a esperança de um dia conseguir a cirurgia pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Além da endometriose, ela tem hipertensão.

Ela conta que durante as crises de dor vai até a unidade de saúde mais próxima de casa, mas sempre ouve que a solução é a histerectomia total, ou seja, a cirurgia de retirada do útero. Renata afirma que estava em processo para passar pela cirurgia no Regional, mas foi transferida para o Pênfigo e aguarda ser chamada.

Inclusive ela já passou por todos os exames necessários do risco cirúrgico, que tem validade de seis meses. “Eles falaram que precisa só da vaga para internação, mas nunca me chamam. Eu vou lá, ligo, mas nunca tem vaga”, conta.

Questionada sobre o caso, a informa que “há uma solicitação de autorização para internação hospitalar lançada pelo Hospital do Pênfigo. A Secretaria Municipal de Saúde orienta que ela busque pela unidade hospitalar para que seja feito o agendamento do procedimento, uma vez que é de responsabilidade do hospital, por meio de sua agenda interna, a marcação de cirurgias”.

Mulher aguarda por cirurgia para retirada de hérnias desde 2020

Também na fila por uma cirurgia eletiva, Lucélia de Jesus Luciano precisa retirar duas hérnias encarceradas no umbigo. Em busca do procedimento cirúrgico desde 2020, já passou por vários processos, como a perda de 15 quilos, necessários para a cirurgia.

“Tenho sentido muitas dores, não consigo agachar, pegar peso e nem andar, até dentro de casa tenho usado cadeira de rodas. Uso muitos medicamentos e me deu sérios problemas [no] fígado”, conta ela, que tem dois filhos pequenos e enfrenta dificuldades financeiras.

Sobre as idas a unidades de saúde, ela afirma que a recomendação é sempre esperar. “Estive de novo no pronto-socorro do regional e lá me foi dito, mais uma vez, que a cirurgia de emergência só será feita se acaso a hérnia estrangular, ou seja, eu ficar entre a vida e morte. Caso contrário, é pra eu continuar na fila esperando”.

Lucélia criou uma vakinha para caso alguém queira ajudá-la financeiramente.

Sobre o caso, a Sesau “informa que não há nenhuma solicitação dentro do sistema de regulação, seja em âmbito ambulatorial – consultas ou exames – ou hospitalar, relacionados a procedimentos cirúrgicos. Para verificar a situação, orienta-se que a paciente busque sua unidade de referência da região onde ela mora para verificar a solicitação e, consequentemente, atualizar suas informações, uma vez que há a possibilidade da solicitação ter sido anteriormente encerrada por não conseguir contato com a paciente”.

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