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Cotidiano

Na favela, queda de temperatura escancara vulnerabilidade de quem vê no frio preocupação

Na comunidade Cidade dos Anjos, barraco de uma peça foi abrigo para oito pessoas
Clayton Neves, Danielle Errobidarte -
Cobertores são usados para bloquear entrada de vento frio em barracos. (Foto: Henrique Arakaki / Jornal Midiamax)

Na noite passada, barraco com apenas um quarto e banheiro serviu de abrigo para oito pessoas na Cidade Dos Anjos, em . No espaço improvisado, Miguela Ferreira, de 43 anos, teve de acolher uma das filhas e  três netos. 

“Minha filha mora aqui ao lado, mas o barraco dela é só na lona. Na chuva de anteontem a água entrou e molhou tudo, até o fogão ela perdeu. Como onde eu moro é mais reforçado, ela veio ficar aqui e dormimos em oito pessoas”, conta. 

Basta a temperatura cair Campo Grande, assim como nos últimos dias, para que fique ainda mais evidente a vulnerabilidade de famílias como a da Miguela. Na comunidade, que convive diariamente com a falta de recursos básicos, o frio é sempre motivo de preocupação e o improviso aliado para encarar a necessidade. 

“Na chuva de anteontem estávamos só eu e meu filho pequeno e eu só chorava com a água caindo na minha casa”, conta Ana Beatriz Nascimento, de 24 anos. 

Reclamação de moradores é com vento frio que entra pelas frestas dos barracos improvisados. (Foto: Henrique Arakaki)

No espaço com duas peças, a jovem vive com o marido, de 21 anos, e os filhos, um menino de 3 e uma menina de 9 anos. Com os móveis ainda molhados do último temporal, o casal tenta fazer ajustes para proteger o pouco que tem.

“Aqui a gente mora no fim da favela e quando chove, a água passa tudo pela minha casa. No frio, o vento sempre passa pelo vão das madeiras”, conta. Na última semana, Ana Beatriz diz que tentou uma lona no Cras (Centro de Referência de Assistência Social), mas voltou para casa sem a ajuda.  “Para amenizar o frio, dormimos juntos eu, meu marido e meu filho”, detalha.

A situação de dificuldade entre tantos barracos na Cidade dos Anjos, também é compartilhada pelo casal Cecília da Silva Moura, de 39 anos, e Natan Araújo de Souza Oliveira, de 21. Até o ano passado, ele trabalhava em uma floricultura, mas foi demitido e hoje vive de pequenos bicos.

“Anteontem o teto trincou na chuva e molhou todas as nossas coisas. Ontem foi difícil passar a noite porque falta cobertor. Se ao menos tivéssemos uma linha para dar uma reforçada no telhado, ajudaria”, finaliza.

Segundo a meteorologia, neste as temperaturas voltam a subir gradualmente em Campo Grande, mas os próximos dias ainda serão de frio. Quem puder e quiser ajudar as famílias, a favela Cidade dos Anjos fica na região do das Hortências, na área sul de Campo Grande.

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