Mesmo com o frio, mais de 50 pessoas participaram do primeiro mutirão contra fraudes bancários, realizado pela Defensoria Pública na manhã deste sábado (15), em Campo Grande. O atendimento é direcionado às vítimas que fizeram agendamentos pelo site e tiveram a guia antecipada para análise de casos e orientações.

Carlos Eduardo Oliveira de Souza, coordenador do Núcleo de Defesa do Consumidor, explica que quem participa da ação neste sábado, são pessoas que fizeram o agendamento pelo site e seriam atendidas em só em setembro.

 “Decidimos tirar um dia para atendimento, fizemos uma triagem, começamos a analisar quais casos viriam, entramos em contato para mapear e ver que tipo de situações tem ocorrido. A ação tem também um viés de educação para evitar esse tipo de prática abusiva contra os consumidores”, enfatiza.

Uma das vítimas é a dona de casa Lucia Lemes Lima, de 72 anos. Ela decidiu buscar atendimento depois de levar um golpe de R$ 1.530 e a conta virar uma ‘bola de neve’. “Meu marido faleceu e meu inquilino foi me ajudar, me acompanhou no INSS e tudo, ele disse que o banco pedia senha, dei as senhas pra ele e ele pegou meu dinheiro, eu não sabia que ele ia fazer isso. Ele fez um pix de R$ 230 e depois um de R$ 1.300. Fui na delegacia e depois da Defensoria. Nunca tinha sofrido fraude nenhuma”, relata bem abalada.

Junto do filho Iron Barbosa de 22 anos, a dona de casa Suzana Barbosa de 42 anos, diz que o rapaz acabou caindo em um golpe ao receber a mensagem dizendo que ele havia feito um pix de R$ 600. Eles chegaram a ligar no banco e pedir informações sobre o pagamento, mas a transição não foi detalhada pela instituição financeira.

“Eles disseram que não poderiam dizer quem fez o pix. Fomos na delegacia e fizemos boletim de ocorrência, fomos no Procon e fizemos o agendamento, agora estamos aqui”, lamenta.

Assim como Iron, Elza Pereira da Costa, 66 anos, também acabou sendo enganada por golpistas que ligaram dizendo que ela teria valores a receber no banco. Mesmo rejeitando a proposta, os homens conseguiram acessar a conta da idosa e fazer um pix.

“Depois disso eu procurei o banco e eles não resolveram. Fui no Procon, teve audiência com o banco e eu fui encaminhada para atendimento na Defensoria. Não é justo eu pagar um dinheiro que eu não usei. Eu não atendo mais nenhuma ligação se não tiver na minha agenda. Descontaram R$ 1.600 da minha conta”, relata ao contar que teve até de mudar de conta depois do ocorrido, sofrendo maior transtorno.

Ainda de acordo com o defensor, o núcleo já possui uma ação na plataforma para alertar quais os golpes mais comuns e como as pessoas podem evitar fraudes pela internet, via pix e mensagens. O detalhamento pode ser conferido no site, no guia “Proteja Seu Bolso”. Caso o usuário tiver dúvidas, o agendamento pode ser feito através do site.

Interessados podem fazer agendamentos podem através do site https://www.defensoria.ms.def.br/