Em 11 meses, casos de dengue em MS superam o total de 2021 e 2022

Mato Grosso do Sul já ultrapassou a marca de 40 mil pessoas contaminadas por dengue em 2023

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
dengue
Piscinas são locais propícios para foco de Aedes aegypti, transmissor da dengue (PMCG e Fala Povo/Jornal Midiamax)

Mato Grosso do Sul registrou 97 novos casos de dengue na última semana, elevando o total em 2023 para 40.273 confirmados. Isso representa quase o dobro do ano passado, com 21.328 testes positivos, e supera 2021, que teve 8.027 pessoas infectadas. 

Os dados são do boletim epidemiológico da SES-MS (Secretaria Estadual de Saúde). O número de óbitos permanece estável em 40. A última vítima fatal da dengue morreu em 19 de setembro, uma mulher de 94 anos, moradora de Coxim, a 253 km de Campo Grande. Duas mortes estão em investigação.

Foram descartados 27 casos prováveis na última semana, totalizando 46.709 neste ano. Os casos prováveis consideram os que estão em investigação, são confirmados e ignorados, mas desconsidera os casos descartados.

A série histórica, iniciada em 2014, mostra este ano como o quarto maior em número de casos prováveis em Mato Grosso do Sul, ficando atrás de 2019 (65.675), 2020 (52.280) e 2016 (51.109). 

Os dados mostram que 75 dos 79 municípios estão com alta incidência para a doença. Apenas Aparecida do Taboado tem baixa incidência. Terenos, Paranaíba e Tacuru completam a lista com a faixa no nível médio. 

Os grupos de 10 a 39 anos de idade representam mais da metade dos casos prováveis, somando juntos 54,28% dos registros. 

Campo Grande permanece na liderança no total de casos confirmados de dengue, com 11.803 contaminações. 

Três Lagoas, município a 326 km da Capital, tem menos da metade de infecções, com 4.620 registros. Na terceira colocação está Corumbá, a 513 km de Campo Grande, com 2.249 casos confirmados. 

Como prevenir a dengue?

Dengue matou 40 pessoas em MS em 2023 (Reprodução, Midiamax)

O mosquito Aedes aegypti é transmissor de doenças como dengue, chikungunya e o zika vírus. Por isso, é essencial adotar medidas para evitar a proliferação e contaminação:

  • Evitar água parada, em qualquer época do ano, mantendo bem tampado tonéis, caixas e barris d’água ou caixas d’água;
  • Acondicionar pneus em locais cobertos;
  • Remover galhos e folhas de calhas;
  • Não deixar água acumulada sobre a laje;
  • Encher pratinhos de vasos com areia até a borda ou lavá-los uma vez por semana
  • Fazer sempre a manutenção de piscinas.

Sintomas

Os principais sintomas da dengue incluem febre alta, dor de cabeça intensa, dor nas articulações e erupção cutânea. Além disso, a SES recomenda estar atento aos sinais de alarme, que podem incluir dor abdominal intensa, vômitos persistentes, diarreia, fadiga e sangramento de mucosas.

A enfermeira da SES-MS, Bianca Modafari Godoy, ressalta que em casos de suspeitas de Dengue, a recomendação é manter-se hidratado e em repouso, além de buscar atendimento em uma unidade de saúde. 

“Importante ressaltar que não deve se automedicar, pois caso faça uso de anti-inflamatórios como aspirinas pode piorar a coagulação sanguínea e consequentemente o estado de saúde, já que a dengue pode causar hemorragia”, aponta.

Serviço

Em caso de dúvidas, entre em contato com o Plantão CIEVS Estadual através do disque-notifica pelos telefones: (67) 9 8477-3435, 0800-647-1650 ou (67) 3318-1823.

Conteúdos relacionados

lei seca cerveja bebidas
Yoga