Hormônio da felicidade: desencadear o bem-estar no corpo é possível e tem ‘passo a passo’

Conhecido como responsável por regular emoções, neurotransmissores podem equilibrar sensações emotivas

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Bem-estar
Hábitos na rotina podem ativar neurotransmissores (Ilustrativa, Freepik)

Amor e dinheiro trazem felicidade? Vai depender basicamente de alguns fatores – químicos, inclusive. É que o responsável por levar a sensação de alegria ao cérebro é um… hormônio.

Hormônio da felicidade. Esse termo popular é utilizado para descrever a existência das funções do nosso corpo. A endocrinologista Flávia Tortul explica que há produção de substâncias naturais que transformam sensações e sentimentos, logo, gerando o bem-estar.

“Existem neurotransmissores que atuam no cérebro, levando informações para os neurônios, regulando as emoções e promovendo as sensações de prazer e tranquilidade. São popularmente chamados como Hormônios da felicidade: serotonina, dopamina e endorfina. Nesse grupo, também entra o hormônio ocitocina, liberado pela hipófise posterior após o parto, auxiliando na descida do leite e, também, após o orgasmo”, detalha.

A especialista comenta que o “quarteto da felicidade” não pode ser suplementado, pois, quando induzidos por substâncias artificiais, são pouco duradouros e causam picos de euforia seguidos por desânimo prolongado – como o ocorrido após consumo de algumas drogas ilícitas, como a cocaína.

“Essas substâncias são liberadas geralmente após atividade física, situações que gerem recompensa – conexões sociais com pessoas que gostamos, compras e até mesmo após alimentações com pratos que gerem prazer – geralmente, os hiperpalatáveis, ricos em açúcar em gorduras, ou então refeições que tragam memórias afetivas. Também ocorrem em situações como ter um animal de estimação, abraços e toques com pessoas queridas”.

Como desencadear

Como frisado pela médica, tais hormônios são produzidos naturalmente por meio de hábitos simples, que podem desencadear respostas emocionais de alegria. A profissão, a alimentação saudável com alimentos ricos em triptofano – por exemplo, a banana, feijão, castanhas, cacau entre outros – também auxiliam na liberação da serotonina. Manter uma rotina do sono e controle do estresse com meditação mantém esses neurotransmissores em equilíbrio.

Tortul é clara se a falta desses hormônios podem ser prejudiciais: “Quando existe um desequilíbrio, principalmente, quando existe falta de serotonina e dopamina, sintomas de depressão instalam-se e os tratamentos psiquiátricos usam medicações para restaurar essa liberação adequada desses neurotransmissores”.

Pode parecer simples, mas essas dicas são alguns hábitos que podem fazer a diferença na hora de liberar o “hormônio da felicidade”:

  • Fazer exercício físico
  • Sair com os amigos
  • Dançar
  • Ter uma alimentação equilibrada
  • Comer algo que gosta
  • Ver um filme
  • Dormir bem
  • Tomar banho de sol
  • Se refrescar com banho de rio ou mar
  • Fazer uma viagem

Conteúdos relacionados