Frio acende alerta de produtores rurais para prejuízo no campo

Pastagens nutritivas, cultivo protegido e mudança no manejo são algumas das alternativas para a época

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Rebanho de gado em Mato Grosso do Sul (Famasul)

As temperaturas amenas e o tempo no Estado, acendem o alerta de produtores rurais para possíveis prejuízos no campo. Essa semana, a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), emitiu avisos de proteção aos animais, pastagens e lavouras das cadeias produtivas que mais sofrem as consequências da mudança no clima.

Mais de 1,5 mil cabeças de gado morreram em junho devido a uma forte onda de frio que atingiu todo o estado, segundo os dados da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de MS).

“Caso a propriedade não disponha de um alimento volumoso para esse período de entressafra, uma das mudanças necessárias seria diminuir a carga animal, trabalhando com uma lotação em torno de 50 a 60% da utilizada no período das águas.”, explica Deilton Medeiros, supervisor da ATeG Bovinocultura de Corte do Senar/MS.

Para piscicultura, a diminuição no consumo de ração e as mudanças de comportamento e metabolismo dos animais estão entre os problemas mais frequentes durante o frio. Por isso, é preciso mudar o manejo nos tanques.

“A maioria das doenças em peixes de tanque escavado ocorre no inverno, principalmente pós manejos de transferência e despesca. O contato físico com/entre os animais durante o manejo é a porta de entrada de doenças, pois ocorre a remoção do muco de proteção presente sobre as escamas e couro dos peixes. Uma orientação importante é realizar despesca e transferência em horários mais quentes durante o inverno, e se possível, mudar para semanas com temperaturas da água acima de 25ºC”, destaca André Nunes, coordenador do Departamento Técnico do Senar/MS.

O alerta vale também, para a horticultura. As hortaliças são mais sensíveis ao frio, por isso as ações de prevenção devem começar antes mesmo da chegada do inverno mais crítico. Assim, para evitar prejuízos, é preciso apostar em pastagens nutritivas, cultivo protegido e mudança no manejo.

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