Fé na cura e longevidade leva pets para tradicional benção de São Francisco

Tutores driblaram o calor na manhã desta quarta-feira (4) para a tradicional benção de São Francisco aos animais. Por acreditar na fé da cura e longevidade do “melhor amigo”, o ato reuniu várias pessoas no pátio da paróquia de Campo Grande.

Diego Sebastião, de 40 anos, advogado, tem a Duquesa e o Pongo, um lhasa e uma dachshund, há 10 anos. Para ele, a benção do protetor dos animais favorece na velhice saudável da dupla de quatro patas.

“Sou apegado demais aos animais, desde criança. Sou cristão e me protejo na fé, por isso, trago eles e rogo por mais proteger, mais vida. Venho todo ano”, disse.

Myriam Padoa Sakoguti, terapeuta, tem uma verdadeira história de companheirismo com o gato Urussai, que está em tratamento contra um tumor. Idosinho, o felino pertencia à avó do marido de Myriam, quando ela partiu, aos 102 anos, o gato foi acolhido com amor.

“Os dois eram tão apegados, que falávamos que quando ela partisse, ele iria logo em seguida. Depois de uns dois meses ele teve um tumor, fizemos a cirurgia, mas agora surgiu um segundo. Eu conheço o Urussai desde que ele foi adotado, na época eu era amiga do meu marido, nem namorada era, então ele me conhece há 15 anos. Viemos buscar benção para cura”.

Sem preferir se identificar, a tutora da Nina, uma lhasa de dois anos, diz que ganhou a cadelinha e chegou a ficar brava. “Não queria, ela é a primeira cachorra da minha vida. Quando me deram eu falei um monte. Hoje ela é tudo para mim, não vivo sem, é dona da casa, sobe no sofá, dorme com a gente”.

A benção acontece em dois horários, das 10h às 11h e das 16h às 17h, em dois sistemas: o drive-thru e a pé. O frei São Francisco diz que o movimento ao entardecer é maior, já que quem não pode levar pela manhã tem outra alternativa.

“São Francisco são só abençoa os animais, mas também quem cuida deles. Ao trazer os animais, as pessoas recém a intercessão. Não só aqueles que estão doentes, mas com saúde para que continuem”.