, distante 385 km de Campo Grande, é a oitava menor cidade de em número de habitantes, de acordo com as informações do Censo Demográfico 2022 realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). 

Os dados apontam que a cidade perdeu 362 habitantes entre as pesquisas de 2010 e 2022, caindo de 5.398 para 5.036 moradores no período. 

O município na região sudoeste de Mato Grosso do Sul tem uma história antiga e que os primeiros alicerces do que hoje é conhecido como Caracol começou em 1884. Porém, a cidade só virou município quase um século depois, em 1º de maio de 1963. 

O panorama atual de Caracol, de acordo com o Censo 2022, aponta pouco mais de 5 mil habitantes.

Mesmo com a queda populacional, o número de domicílios recenseados cresceu, saindo de 1.999 em 2010 para 2.478 em 2022, o que representa 479 residências a mais na cidade. 

Contudo, a média de moradores por domicílio caiu de 3,38 em 2010 para 2,93 em 2022.

O Censo Demográfico é a maior pesquisa realizada no país e visa conhecer o perfil dos brasileiros. Os resultados são usados para subsidiar políticas públicas e investimentos.

Prefeitura não pretende entrar na justiça

O prefeito da cidade Carlos Humberto Pagliosa (PSDB) afirmou ao Midiamax que a estimativa do poder público era que a quantidade de habitantes chegasse perto de 6 mil, considerado a emissão de cartões do SUS, títulos de eleitores, certidões de nascimentos versus o número de falecimentos. 

Porém, o chefe do executivo explicou que a Prefeitura não pretende entrar na justiça para contestar os números porque a redução de moradores não implicará na redução de recursos e os argumentos mostrados pelo IBGE foram satisfatórios. 

Prefeitura de Caracol. (Roberto Pissurno, Prefeitura de Caracol)

“Nós não ficamos satisfeitos com os resultados porque teríamos que ter uma população maior. Nós contestamos, recebemos o IBGE e acabamos por não concordar, mas por aceitar porque a redução não foi tão expressiva”, ele explicou. 

Entre as dificuldades da gestão, o prefeito cita a malha rodoviária, especialmente no trecho da MS-384 entre e Porto Murtinho, que está bastante danificado. “Mais de 200 caminhões bitrem passam por dia na Avenida Brasil, entre ida e retorno, que é a principal via da cidade”, exemplifica. 

Quase 100% de asfalto

Questionado sobre os atrativos da cidade, o prefeito cita a qualidade de vida por ser uma cidade pequena e oportunidades de crescimento com a Rota Bioceânica e a ampliação do na cidade, que deve gerar até 500 novos empregos.

Além disso, ele acrescenta que a cidade está perto de chegar a 100% de pavimentação. “Essa semana estamos concluindo a última etapa de pavimentação, na finalização são mais de 20 quadras”, afirma Carlos Pagliosa. 

Já entre os caracolenses, a opinião é que a cidade é boa para morar por causa do sossego, até entre os mais jovens. Emanuelle Centurião, de 19 anos, que mora na Vila Fernanda, afirma que pretende permanecer na cidade pelos próximos anos.

“No momento pretendo ficar porque gosto, a minha família mora aqui, a cidade é organizada, quase todas as ruas já estão asfaltadas”, ela conta.

Como lazer, ela cita a festa de aniversário da cidade e a Praça Recanto Porteira – Eduardo Ibanhes (Praça das Araras), em que a população gosta de se reunir aos finais de semana para conversar. “Já no final do ano com a decoração de o pessoal fica o dia todo na praça”, ela comenta.

Outro morador da cidade que preferiu não se identificar, de 41 anos, avalia que a cidade melhorou nos últimos anos. 

“Eu moro aqui desde que nasci e melhorou muito dos últimos 20 anos para cá, o asfalto já tá em 95% terminado”, ele relata.