Em 45 dias de 2023, apenas sete cidades de MS não registraram casos de dengue

Outras quatro tiveram apenas uma notificação

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Dengue
(Foto: Arquivo, Jornal Midiamax)

Nos primeiros 45 dias de 2023, apenas sete cidades de Mato Grosso do Sul não registraram casos de dengue, realidade que evidencia o contínuo avanço da doença. Segundo dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde), neste ano o Estado já soma 5.114 casos prováveis da doença, identificados em 72 municípios. 

Até agora, Douradina, Eldorado, Iguatemi, Jateí, Novo Horizonte do Sul, Selvíria e Tacuru não identificaram casos de dengue. Taquarussu, Sete Quedas, Japorã e Mundo Novo registraram apenas um caso. 

Com o total de confirmações neste ano, o Estado já atingiu quase 20% do total identificado em todo o ano de 2022, que fechou os doze meses com 26.659 notificações.

Conforme balanço do IBGE, Mato Grosso do Sul é o 10º estado com maior número de casos descobertos em 2023. Na lista de municípios, Três Lagoas lidera o ranking com 236 casos, seguido de Campo Grande (183) e Miranda (179).

Neste ano, dois óbitos por dengue foram anunciados no Estado. O primeiro, de uma mulher de 59 anos, no dia 17 de janeiro, em Guia Lopes da Laguna. O segundo, um adolescente de 14, que morreu no dia 13 de fevereiro, em Dourados.

Sintomas da doença

Dengue é uma doença causada por vírus e transmitida, principalmente, pela picada de um mosquito da família Aedes, em especial o Aedes aegypti. As causas da dengue podem estar relacionadas à água parada, com desenvolvimento do mosquito. Por isso, as ações de conscientização da Saúde e fiscalização nas residências.

Conforme a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), existem sintomas clássicos da dengue, como dores nas articulações e olhos, fraqueza, dores de cabeça e febre, contudo o diagnóstico deve ser feito durante atendimento médico.

Orientações

Caixas d’água, cisternas, tonéis, tambores e filtros necessitam ser tampados. Até mesmo reservatórios de eletrodomésticos devem passar por uma vigilância frequente, como é o caso de geladeiras e climatizadores.

Verifique se a sua geladeira tem um coletor de água do degelo automático (fica na parte de trás, perto do motor). Caso tenha, é preciso limpar com água e sabão a bandeja onde a água é acumulada, pelo menos uma vez por semana. No caso de climatizadores ou aparelhos de ar-condicionado, é necessário retirar o compartimento, esvaziá-lo e lavá-lo.

Ralos limpos e com aplicação de tela evitam o surgimento de criadouros. Além disso, é importante saber que a água com larvas não deve ser derramada em ralos ou na pia – lugares que podem gerar acúmulo –, mas sim na terra ou no cimento quente.

Um modo de prevenir criadouros é descartar objetos no lugar correto e levar o lixo para fora de casa somente no dia da coleta, por exemplo. Recipientes e sacos plásticos, garrafas, latas, sucatas, ferro-velho, entulhos em construção; tudo isso pode ser foco de Aedes.

Furar o fundo das latas e, se possível, amassar, tampar latas de tinta e deixá-las em local adequado, enviar sacos plásticos para reciclagem, amassar copos descartáveis e manter garrafas com tampas ou viradas para baixo são algumas medidas que podem ajudar a eliminar o acúmulo de água.

Conteúdos relacionados