Com demanda de 57,6 mil exames e cirurgias eletivas, Estado quer zerar fila de MS em um ano
Programa trouxe as cirurgias reparadoras como novidade para jovens e adolescentes em idade escolar
Fábio Oruê, Gabriel Neves –
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O programa MS Mais Saúde pretende zerar a fila para os exames e cirurgias eletivas – aquelas sem urgência – em até um ano. Serão investidos R$ 57 milhões entre verbas estaduais e federais.
Durante lançamento do programa, na tarde desta segunda-feira (8), o secretário estadual de Saúde, Maurício Simões, disse que o Estado pretende zerar os 57.612 exames e cirurgias até abril de 2024.
“As filas se formaram principalmente após a pandemia, quando muitas cirurgias deixaram de ser realizadas. Então, o programam vem para suprir essa necessidade”, disse Simões, que a verba estadual (R$ 50 milhões) será empregada até novembro.
De novembro até abril do ano que vem, será investido o montante federal, que soma R$ 7,9 milhões. O titular da pasta explicou que todos os hospitais conveniados ao Governo do Estado serão contemplados.
“O hospital vai realizar o procedimento, aí apresenta os custos para a secretaria, que vai realizar uma auditoria e, após esse auditoria fará o repasse para o hospital”, explicou.
Mais de 57 mil procedimentos
São 15.044 cirurgias eletivas das especialidades de oftalmologia, otorrinolaringologia, vascular, entre outras. Há também na fila 42.568 exames diagnósticos de ressonância magnética, tomografia, endoscopia, entre outros.
Conforme o Governador Eduardo Riedel (PSDB), o repasse estadual para os hospitais é “seis vezes acima do valor SUS [Sistema Único de Saúde]”.
Cirurgias reparadoras
A novidade do programa para zerar as filas são a realização de cirurgias reparadoras em adolescentes em idade escolar. Os pacientes seriam aqueles alunos com enfermidades que são alvo de bullying. Ao todo, estão previstos 350 procedimentos desse tipo em MS.
Riedel justificou que ano passado foram registrados mais de 140 casos de bullying nas escolas do Estado e que as cirurgias podem mudar a vida das vítimas.
“Eu me sinto muito honrada, porque sou administradora de um hospital em Fátima do Sul. Se todos os hospitais trabalharem, é possível zerar a fila de cirurgias até o final do ano”, disse a representante dos hospital filantrópicos de MS, Rosa Conceição Vilas Boas.
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