Campo Grande pode decretar situação de emergência após estragos causados por temporal
Não há previsão para encerramento das obras de reparo
Thalya Godoy, Danielle Errobidarte –
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O setor jurídico do gabinete da Prefeitura Municipal de Campo Grande avalia decretar situação de emergência após as chuvas da última quarta-feira (4) que acumularam prejuízos na Capital. A afirmação foi feita pelo titular da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), Rudi Fiorese, na manhã desta quinta-feira (5).
O secretário realizou uma visita com equipe técnica e de engenheiros na passarela do Lago do Amor, que desmoronou com a chuva, e é considerada a obra mais cara para fins de reparação. “A maioria dos serviços não são caros porque são apenas de limpeza”, afirma Rudi Fiorese.
Até o momento, não há previsão para a finalização dos trabalhos de reparação. Mais de 200 trabalhadores foram para as ruas nesta manhã para trabalhar na limpeza e a Sisep monta uma justificativa para encaminhar para o gabinete da Prefeitura para contratação emergencial de pessoal, ou seja, sem licitação, para fazer a manutenção e dar celeridade aos trabalhos.
Levantamento de prejuízos
Segundo o titular da Sisep, a equipe da secretaria fará uma análise da situação no Lago do Amor e uma solicitação técnica para avaliação ambiental, já que parte do concreto caiu no lado da mata.
“É cedo para dar um prazo para a finalização das obras porque iremos ver se não há prejuízos em outras partes”, afirma Rudi.
Além da passarela, parte do asfalto próximo ao local rachou com a força da água da chuva. A faixa de ciclistas foi fechada, mas o trânsito segue normal até o momento.
Bairros
Os bairros Jardim Noroeste e Nova Lima foram alguns dos mais prejudicados pelas chuvas devido à falta de asfalto, o que fez abrir crateras nas ruas. Com o terreno arenoso, a situação ficou pior no Noroeste.
Sobre o bairro Água Limpa Park, o mesmo em que uma casa foi destruída com o rompimento da lagoa de contenção, Rudi Fiorese afirma que há uma equipe avaliando a situação na região da Vila Marli.
Também foram registrados alagamentos no Caiobá, Vila Bonança, Vila Popular e em todos um grupo irá realizar a limpeza.
Problemas Antigos
Questionado sobre a situação na Via Park, local que alaga há mais de uma década, o titular da Sisep explicou que os prejuízos no local não foram grandes e se resumem a limpeza.
“Há um projeto, que está na fase de elaboração, que é a construção de barragens acima da rotatória e depois vem a parte de captação de recursos. Essas barragens vão aumentar a vazão nessa situação de grandes chuvas”, explicou o secretário.
De acordo com o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e Clima de Mato Grosso do Sul), em 96 horas choveu 88% do esperado para janeiro inteiro.
O pior cenário foi na última quarta-feira, em que pontes e passarelas desmoronaram, vias e casas ficaram completamente tomadas por água e carros ficaram ilhados. Ruas de vários bairros viraram verdadeiros “rios”.
No bairro Centro-Oeste, moradores de um condomínio ficaram presos em casas devido ao alto volume de água que se acumulou no local. A Prefeitura culpou os lacres das bocas de lobo pela falta de drenagem no local.
O córrego na Avenida Nelly Martins transbordou e um motorista de um Ford Ka ficou ilhado no local. As fortes chuvas fizeram o córrego Sóter transbordar, a água desceu pela Avenida Nelly Martins e chegou até as proximidades do Shopping Campo Grande.
Como conseguir ajuda?
Os moradores que tiverem algum problema ocasionado pela chuva podem entrar em contato com a Defesa Civil pelo número 156.
A Sisep disponibiliza o número da secretaria para atendimento: (67) 3314-3600.
Os moradores da Capital também podem entrar em contato pelo Canal Fala Campo Grande pela internet.
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