Pular para o conteúdo
Cotidiano

Após morte na Rui Barbosa, corredores de ônibus voltam a ser alvo de reclamações: ‘retrocesso’

Corredores de ônibus estão sendo implantados para que o tempo de viagem dos coletivos diminua
Fábio Oruê -
Na Rui Barbosa, nem ônibus respeita corredor recém-inaugurado (Foto: Eser Cáceres, Midiamax)

Os corredores de de voltam novamente para o foco das após dois casos recentes de atropelamentos, um deles com morte de uma idosa. A pista exclusiva para o transporte coletivo gera reclamação por parte de motoristas, comerciantes e até pedestres.

Funcionando há cerca de três meses, o corredor é alvo de reclamações por parte dos motoristas desde antes de entrar em funcionamento. “Esses corredores, quando não tiram a vida de inocentes, causam prejuízos (acidentes e batidas); com obras inacabadas”, escreveu um do Jornal Midiamax.

Na terça-feira (28), Evanir Carvalho de Souza, de 60 anos, morreu após ser atropelada enquanto atravessava fora da faixa de pedestre. Ela foi atingida, por um Renault Captur, justamente na via destinada aos ônibus.

Projeto de lei
Corredor de ônibus na avenida Brilhante, em Campo Grande. Foto: Denilson Secreta/PMCG

Corredor já custou mais de R$ 18,9 milhões

Vale ressaltar que carros e motos podem entrar na faixa apenas para realizar a conversão – transitar, parar ou estacionar é proibido. “[…] tanto moto quanto carro, sem ter o mínimo de respeito por quem está ali sentado nos novos pontos. Às vezes os ônibus chegam ali, reduzem e param. Já quem entra ali com o sinal verde ‘tacalipau‘, mesmo em horário de pico”, postou uma leitora.

Com as mudanças no trânsito impostas pela implantação dos corredores, os ônibus transitam à esquerda, em uma faixa exclusiva destinada para os coletivos. A ideia é que, com a faixa livre, o tempo de viagem dos ônibus diminua.

“Corredor de ônibus na esquerda nem ônibus anda. Eles ocupam a direita e a esquerda fica livre e o motorista usa mesmo, ali na “, escreveu outro leitor.

A obra já custou R$ 18,9 milhões aos cofres públicos, e a construtora responsável ganhou um extra de R$ 1,5 milhão.

Ponto de embarque e desembarque no corredor da Rua Brilhante. (Foto: Marcos Ermínio)

Colisão carro x ônibus

Há uma semana, um ônibus acabou colidindo com um carro de passeio, no corredor da Rui Barbosa, logo após a Rua Barão do Rio Branco. Neste caso, felizmente, não houve feridos.

De acordo com o filho da motorista do carro de passeio, de 25 anos, a mãe, de 59 anos, entrou na faixa destinada ao corredor, pois ia virar na Rua Dom Aquino e foi atingida por atrás pelo ônibus. Com o impacto, o carro foi lançado para o lado da calçada e atingiu o guard rail.

“Na hora que a gente entrou no corredor de ônibus, não sei se ela [motorista] não viu ou o ônibus que não viu ela, por ser alto, mas acertou em cheio na traseira”, descreveu ele ao Jornal Midiamax.

ônibus
Carro atingiu o guard rail (Foto: Kísie Ainoã/ Jornal Midiamax)

De sugestão ao ataque

Nas redes sociais, são dezenas de comentários a respeito dos corredores de ônibus. Dependendo do perfil de cada internauta, os comentários vão desde sugestões até ataques.

“Tem que fazer como em Curitiba. Canaleta. Acaba com o zig-zag de ônibus também”, sugeriu um internauta. “Nossa cidade cada vez mais no retrocesso com esses gestores de órgãos, que fariam todo a diferença”, postou outro.

Há também relatos de situações que ocorrem no trânsito de Campo Grande:

ônibus
(Foto: Reprodução)

‘Pontões’ de ônibus

Ao longo da Rui Barbosa, pontões instalados à esquerda da via, e que também geram dúvidas para os motoristas, fazem com que os motoristas do transporte público executem um ‘zigue-zague’ no trânsito, já que em alguns trechos eles precisam passar por pontos tradicionais à direita e, onde há os pontões novos, devem acessar a faixa da esquerda.

Perda de estacionamento, falta de segurança para pedestres e lentidão na via são só alguns dos problemas citados por comerciantes, pedestres e motoristas.

Entre as dúvidas de quem passa pelos corredores estão: por que as estações de embarque estão posicionadas do lado esquerdo da faixa de trânsito e não nas calçadas ou no lado direito das vias, onde tradicionalmente estão os pontos de ônibus? Por que a instalação dessas grandes estruturas em uma rua que já era estreita na região central?

Raimundo Gomes, de 65 anos, relembra que achou estranha a movimentação de um ônibus de transporte coletivo que passou para a pista do lado esquerdo da rua e depois retornou para a faixa da direita. Na Rui Barbosa, são cinco “pontões” e o corredor exclusivo de ônibus.

Corredor de ônibus em operação na rua Rui Barbosa (Foto: Nathalia Alcântara/Jornal Midiamax)

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
pescador onça ataque

“Barulho dos ossos quebrando”, lembra pescador de MS que sobreviveu a ataque de onça

Banco Master registra lucro recorde e amplia oportunidades em todo Brasil

Tráfego na BR-267 em Jardim é normalizado com exceção de ‘pare e siga’ no km 556

8 de janeiro: STF condena cabeleireira que pichou estátua a 14 anos de prisão

Notícias mais lidas agora

Juiz ouve testemunhas em ação que pede fim de contrato de R$ 59 milhões com o SIGO em MS

Onça capturada após morte de caseiro não deve voltar para a natureza

Em um dia, Campo Grande registrou volume de chuva esperado para todo mês de abril

Morador teme queda de postes depois de rio se formar no meio da rua no Jardim Noroeste

Últimas Notícias

Cotidiano

Ex-candidato a vereador e assessor-chefe, Ojedinha, morre aos 35 anos em Campo Grande  

Ojedinha é filho do ex-vereador e ex-presidente do Esporte Clube Comercial, Luiz Antônio Ojeda

Sem Categoria

Autor de tentativa de latrocínio contra idoso é preso durante operação conjunta da polícia

Roubo seguido de tentativa de homicídio contra um idoso de 83 anos

Economia

Dólar cai 2,00% na semana com menor tensão comercial entre EUA e China

Máxima a R$ 5,7074, pela manhã, e mínima a R$ 5,6647 à tarde

Emprego e Concurso

Empresa de celulose anuncia seis processos seletivos em Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas

Vagas abertas são nas áreas de Mecânica, Logística e Manutenção Florestal