Saúde em alta: beneficiários de planos médicos e odontológicos crescem 11,4% em MS

Somente de janeiro a abril, surgiram novos 7.185 beneficiários de planos médicos em MS

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Inflação
Foto: Agência Brasil

Após uma pesquisa da Anab (Associação Nacional das Administradoras de Benefícios) mostrar que 47% dos entrevistados tiveram que ajustar o orçamento em 2021 para não perder o plano de saúde, um levantamento do IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar) mostrou que os beneficiários de planos médicos e odontológicos cresceram 11,4% em Mato Grosso do Sul.

A pesquisa avaliou as adesões em um período de um ano — de abril de 2021 a abril de 2022. No primeiro ano, foi verificado que 606.029 pessoas estavam associadas a planos de saúde em MS e, em 2022, eram 621.708. Um aumento de 2,6%. Somente de janeiro a abril, surgiram novos 7.185 beneficiários de planos médicos/hospitalares.

Ainda segundo o estudo do instituto, no país, os beneficiários por planos médicos/hospitalares cresceu 3,2%. Em 2021, eram 47.874.742 planos e, em 2021, o número subiu para 49.395.520. Uma alta de 1.520.778 beneficiários.

Em relação aos planos odontológicos, a crescente foi maior: de 8,8%. Em 2021, eram 155.350 beneficiários e, em 2022, aumentou 13.626 pessoas. Ou seja, saltou para 168.976. Por coincidência, o aumento nas adesões no país também foi de 8,8% conforme a pesquisa. No Brasil, o número de beneficiários de planos odontológicos em 2021 eram de 27.064.909 e em 2022, de 29.433.793.

Ajuste no orçamento

Pesquisa da Anab (Associação Nacional das Administradoras de Benefícios) mostra que 47% dos entrevistados tiveram que ajustar o orçamento em 2021 para não perder o plano de saúde. O levantamento, que ouviu mais de mil pessoas em todo o país, revela ainda que 83% das pessoas têm medo de perder o plano. ebc - Quase 50% precisaram ajustar orçamento para não perder plano de saúdeebc - Quase 50% precisaram ajustar orçamento para não perder plano de saúde

A pesquisa foi feita no último mês de abril com 1.012 pessoas, de 16 anos ou mais, responsáveis pelas principais decisões do domicílio. As entrevistas foram realizadas por telefone.

“O medo de perder o acesso [ao plano de saúde] pode ser motivado pelo aumento das taxas de desemprego ao longo da pandemia de covid-19”, destacou o presidente da Anab e idealizador do estudo, Alessandro Acayaba de Toledo.

De acordo com ele, a portabilidade é uma das saídas para quem precisa reduzir o custo com o plano de saúde, mas sem perdê-lo. “É direito do beneficiário. O interesse pela portabilidade aumentou 12,5% de acordo com a ANS (Agência Nacional de Saúde). Em alguns casos, foi possível reduzir em 40% os custos com a saúde”, ressaltou Toledo.

Segundo o levantamento, entre os que não têm plano de saúde, 83% consideraram que ele é necessário. Dos entrevistados que são usuários exclusivos do SUS (Sistema Único de Saúde), 68% precisaram de algum tipo de atendimento médico em 2021, mas relataram dificuldade no acesso.

Para 88% das pessoas ouvidas, a necessidade de assistência médica permaneceu a mesma ou aumentou durante a pandemia. A pesquisa mostrou ainda que uma em cada quatro pessoas disse que precisou buscar mais ajuda médica após o início da pandemia de covid-19.

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