Professores pedem reajuste até março e prefeitura promete resposta até nova assembleia

Categoria foi atendida por secretário de Governo; assembleia discutirá contraproposta na segunda

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Professores se mobilizam desde o último bimestre de 2022 a favor do reajuste salarial integral. (Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

Professores insistem em uma contraposta do reajuste escalonado após rejeitar por unanimidade a sugestão da prefeitura de Campo Grande em parcelar os 10,39% em três parcelas. A categoria foi até o Paço Municipal pela manhã desta sexta-feira (16), mas a prefeita Adriane Lopes (Patriota) não estava. A ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública) marcou uma nova reunião e assembleia na segunda-feira (19).

A ACP e a Comissão de Educação da Câmara Municipal, representada pelo vereador Juari (PSDB), entregaram a contraproposta para o secretário Municipal de Governo e Relações Institucionais, Mario Cesar da Fonseca e equipe econômica.

De acordo com o diretor do sindicato, Gilvano Bronzoni, a nova proposta inclui os educadores aposentados, categoria individual, mas da mesma classe de carreira. “[A proposta] atende as necessidades da categoria. Estamos mantendo o diálogo aberto, mas reforçamos a impossibilidade da proposta passada”.

Nova assembleia

Bronzoni afirmou que o secretário de governo se comprometeu em entregar a contraproposta para prefeita analisar junto a equipe técnica. “Terá uma nova reunião de manhã na segunda e uma assembleia, às 17h, para discutir a nova sugestão”.

Juari questionou os detalhes para reajuste salarial dos servidores de alto escalão, enquanto profissionais essenciais estão pedindo reajuste acordado em lei. “Só vai avançar na negociação de outras áreas se cumprir a lei. Esse ano, acredito, que não será pautado [reajuste] salarial. A tendência, pela reforma administrativa, que a prefeita está propondo é ficar dentro do limite prudencial e atender a categoria”, pontua.

Propostas analisadas

A prefeitura havia enviado a proposta de dividir os 10,39% de aumento em três parcelas, chegando ao total em dezembro de 2023. O reajuste seria de 3,42% em janeiro de 2023, mais 3,48% em maio e outros 3,48% em dezembro do próximo ano, mas foi rejeitada pela categoria.

De acordo com o presidente da ACP, Campo Grande tem atualmente 8 mil professores na ativa e 4 mil aposentados. Ainda segundo Gilvano, a prefeita se mostrou disposta a negociar na reunião desta manhã.

A proposta da categoria é de reajuste em duas etapas, sendo 3,42% em janeiro de 2023 e 6,97% em março de 2023. Além disso, eles exigem que o reajuste contemple toda a categoria, incluindo professores aposentados. A contraproposta foi aprovada pela maioria presente na assembleia, que contou com cerca de 700 professores.

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