Os que atuam na Reme (Rede Municipal de Ensino) realizarão paralisação nesta sexta-feira (11), após impasse sobre acordo entre a ACP (Sindicato Campo Grandense dos Profissionais de Educação Pública) e Prefeitura Municipal em relação à negociação sobre o reajuste da categoria. Os profissionais que não comparecerem ao trabalho terão a falta descontada, informou o prefeito (PSD) em vídeo divulgado no fim da tarde desta quinta-feira (9).

A paralisação foi decidida na última sexta-feira (4) durante assembleia. Na data, a categoria analisou proposta enviada pela prefeitura concedendo reajuste de 67% no salário e recusou o texto exigindo, ainda que com os mesmos valores, a derrubada de condicionantes presentes na proposta do executivo municipal. A exigência da categoria não foi aceita pela prefeitura.

Em comunicado oficial, o presidente da ACP, Lucilio Nobre, afirma que a paralisação ocorre às 8h em frente ao paço municipal. “Ontem recebemos um texto da prefeitura que não corresponde ao cumprimento integral da lei 5.411 de 2014. Não aceitamos pegadinhas no texto que faz com que imploda o piso municipal”, afirmou.

Com a paralisação confirmada, o prefeito de , Marquinhos Trad, afirmou que eventuais faltas indevidas e não justificadas por parte do corpo docente serão descontadas do faltante. “Não é justo que famílias e bons profissionais sejam responsabilizados pelas atitudes de alguns. Isso significa prejudicar quase 109 mil crianças, não se justifica paralisar a rede municipal”, comentou Marquinhos.

O prefeito ainda afirmou sempre estar aberto para qualquer diálogo com a ACPMS e frisou que as divergências entre o executivo e categoria são relacionadas a redação do termo de acordo, já que prazos e percentuais foram aceitos. Lucilio afirmou que o dia será reposto “para que não haja prejuízo para o aluno”.

Proposta escalonada

Durante as negociações de reajuste salarial junto aos professores da Reme (Rede Municipal de Ensino), a Prefeitura de Campo Grande enviou contraproposta à categoria na noite desta quarta-feira (02). Em ofício enviado para ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), o executivo municipal oferece reajuste escalonado de 67,13%. Os professores solicitavam aumento de 36,29%, com reajustes de 5% agora em março, 20,78% em maio de 2022 e 5,06% em outubro de 2022.

Ainda segundo a administração municipal, o escalonamento será da seguinte forma: 10,06% retroativo a fevereiro, 10,39% em novembro de 2022; 11,67% em maio/2023; 11,67% em outubro/2023; 11,67% em maio/2024 e 11,67% em outubro/2024. A ACP informou à reportagem que irá discutir a contraproposta em assembleia na próxima sexta-feira (04), às 17 horas.