Populares e por R$ 1,50: conheça três pontos tradicionais de venda de salgados nos bairros de Campo Grande

No Santo Antônio, Parati e Santa Emília, comércios compõem o lanche da tarde e o imaginário dos moradores

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Vitor Arakaki segurando o salgado mais vendido na Fábrica Portal dos Salgados
Vitor Arakaki segurando o salgado mais vendido na Fábrica Portal dos Salgados

Diariamente, o tradicional salgado de R$ 1,50 é responsável por estimular as papilas gustativas e saciar a fome de diversos moradores de Campo Grande. Nas periferias da Capital, o Jornal Midiamax visitou alguns dos pontos mais populares nos bairros Santo Antônio, Parati e Santa Emília para descobrir o diferencial e o ‘gosto’ de cada região.

Em meados de agosto de 2021, o aroma da Fábrica Portal dos Salgados, no Bairro Santo Antônio, começou a atrair o olfato dos moradores que passavam pela rua Afrânio Peixoto. “Nós atendíamos por encomenda de comércios e escolas, trabalhávamos de porta fechada. Por causa do cheiro, as pessoas começaram a bater na porta pra ver se vendíamos por unidade. Muita gente começou a vir na porta, aí resolvemos abrir”, detalhou o responsável Vitor Arakaki, de 23 anos.

O conjunto de ideias da sua mãe e padrasto criou uma série de salgados com uma massa saborosa e um tempero diferenciado. “Meu padrasto veio com a receita dos salgados, pois já tinha tentado outras vezes, e a minha mãe decidiu investir em equipamentos. Hoje as pessoas elogiam muito o nosso sabor”, disse ele.

Forno fica a vista do cliente na Fábrica Portal dos Salgados (Foto: Leonardo de França / Jornal Midiamax)

 

Outro diferencial é a fabricação manual dos produtos, que são assados na frente dos clientes. “As pessoas gostam de ver o salgado na assadeira, às vezes, tiramos de dentro do forno para a embalagem do cliente”, explicou.

Por fim, o que começou com quatro pessoas e um sonho hoje conta com uma segunda unidade, e oito funcionários na loja principal. Com o preço padrão de R$ 1,50, até os clientes mais exigentes já atestaram a qualidade das diversas opções. “A esfiha de carne é a mais pedida. Recentemente, descendentes de árabes vieram comer aqui e falaram: ‘É muito difícil encontrar uma esfiha molhadinha igual a de vocês, por isso a gente volta aqui’. Eles são criteriosos com uma comida típica deles, pra gente foi super motivador”, finalizou.

Referência no Santa Emília

Na avenida General Alberto Carlos Mendonça Lima, o que começou com uma estufa de mesa e alguns exemplares há 6 anos, se tornou uma referência quando o assunto é salgado em todo o Santa Emília.

Maria Mendes de Araújo mostrando o ‘guardanapo’, um dos salgados mais vendidos. (Foto: Leonardo de França / Jornal Midiamax)

“Inicialmente era para complementar a renda. Comecei com alguns bolos e uma pequena estufa. Com o tempo comecei a produzir pães, salgados e fui agregando outros produtos”, disse a proprietária da Panificadora Nara, Maria Mendes de Araújo, de 52 anos.

Nos primórdios da empresa, o local manteve o funcionamento integral até aos domingos, para ganhar a confiança e fidelidade dos clientes. “Com apoio da minha família e o incentivo da minha mãe nós abríamos o dia inteiro até no domingo, para as pessoas conhecerem a padaria”, disse ela.

Fabricação de salgados na Panificadora Nara (Foto: Leonardo de França / Jornal Midiamax)

Para a proprietária, o segredo do sucesso é manter sempre a qualidade do produto e ouvir o cliente de perto.  “Nós fabricamos tudo e nunca deixamos salgado de um dia para o outro. Vem gente de outros bairros para comer aqui. Eu abordo o cliente, sempre perguntado se ele está gostando ou não. Se ele não gostar de algo eu faço questão que ele me fale”, explicou.

No local, o preço inicial dos salgados é de R$ 1,50. Os mais procurados da casa são os fritos — coxinha e cigarrete. E o ‘guardanapo’ sendo o carro-chefe dos assados.

De funcionário a patrão

Na rua da Divisão, no bairro Parati, a empresa Top Chipas é uma das responsáveis por compor a mesa dos moradores da região, do café da manhã ao lanche da tarde. “Eu, minha mãe e irmão trabalhávamos em uma chiparia, e resolvemos abrir uma. Foi difícil, até ter um bom capital de giro fechamos seis pontos, principalmente por conta da pandemia. Mas estamos com esse desde 2018”, explicou o responsável Daniel Souto Godinho, de 24 anos.

Hoje, o empreendimento em família vende uma média de 720 chipas em um dia normal. Com salgados a partir de R$ 1,50. “Sempre tive como visão ter um bom atendimento e a qualidade no salgado. Você vai em muitos lugares e o atendimento é complicado. Buscamos tratar as pessoas muito bem”, finalizou.

Daniel Souto Godinho na chiparia da família (Foto: Leonardo de França / Jornal Midiamax)

 

Conteúdos relacionados