Nova Ferroeste terá leilão de R$ 30 bilhões a ser realizado entre julho e novembro deste ano

A Nova Ferroeste vai permitir o escoamento da produção de Mato Grosso do Sul até o Porto de Paranaguá, no Paraná

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Ferrovia Malha Oeste
Imagem ilustrativa

A Nova Ferroeste terá leilão de R$ 30 bilhões realizado entre julho e novembro deste ano, com as obras podendo começar até um ano depois e com a maior parte dos recursos vindos do exterior. E quem vencer o leilão terá a concessão por 99 anos. A obra terá um total 1,3 mil km, sendo 345 km em Mato Grosso do Sul, percorrendo de Maracaju a Mundo Novo, já na divisa com o Estado do Paraná.

Essa semana, uma série de audiências começaram a ser realizadas. Em Mato Grosso do Sul, a audiência aconteceu em Dourados, município localizado a 230 km de Campo Grande. No Estado, a ferrovia passará por oito municípios: Maracaju, Itaporã, Dourados, Caarapó, Amambai, Iguatemi, Eldorado e Mundo Novo. Até o dia 27 deste mês, as audiências públicas serão realizadas em municípios do Estado do Paraná, por onde a ferrovia passará por 41 municípios.

Mapa da Ferroeste no Paraná e em Mato Grosso do Sul.

Para Lúcio Lagemann, assessor de logística da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), as audiências públicas são de suma importância porque permitem a participação da sociedade nos projetos macroeconômicos do Estado. Ele disse ainda que, dos R$ 30 bilhões a serem investidos na Nova Ferroeste, R$ 8 bilhões serão injetados em Mato Grosso do Sul. A Nova Ferroeste será interligada à Ferrovia Malha Oeste, ligando também Ponta Porã, Corumbá, Campo Grande e Três Lagoas. Dessa forma, Mato Grosso do Sul terá malha ferroviária voltada para o desenvolvimento econômico.

Nova Ferroeste já tem licença prévia do Ibama em MS  

Outro ponto comemorado por Lúcio Lagemann foi a obtenção da licença prévia do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis). Ele não disse quanto tempo devem durar as obras. “Nosso Estado será a parte final desta grande obra, porque serão trechos planos e sem passar por terras onde hajam reservas legais, nem de quilombolas, nem de índios. Já o Estado do Paraná concentrará mais recursos também por ter uma geografia mais complexa. Lá, por exemplo, serão necessários a construção de túneis”, explicou Lúcio Lagemann.    

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