Mulheres com deficiência visual fazem ação em homenagem ao Dia da Mulher
Objetivo da ação, em parceria com shopping, foi evidenciar as mulheres com deficiência, como clientes, empregadoras e empreendedoras
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Uma ação que ocorreu na tarde desta terça-feira (8), Dia Internacional da Mulher, reuniu grupo de mulheres com deficiência no intuito de mostrar o seu protagonismo, com demonstração de que todas tem o seu valor, com amor, superação e empreendedorismo.
A reportagem conversou com Telma Nantes, subsecretária de políticas públicas para as Pessoas com Deficiência do estado de MS (SubsPCD/MS). Totalmente sem visão, a subsecretária disse que a intenção da ação é evidenciar o público de mulheres cegas. “Nosso objetivo aqui é tirar essas mulheres da invisibilidade, mostrar para a sociedade que nós também merecemos nosso espaço e elas poderem estar onde quiserem”, disse.
Aos 35 anos, Sueli Silva, de 48, perdeu a visão e hoje é totalmente cega. Ela disse que pensou que a vida tinha acabado, mas conseguiu se tornar massoterapeuta e agora quer alçar voos ainda maiores.
“Eu aprendi a viver como deficiente visual e ter acessibilidade. Eu falava que não ia conseguir fazer mais nada, hoje sei que o deficiente tem capacidade de ir e vir e conquistar tudo o que ele quiser com determinação. Se Deus quiser, vou fazer a faculdade de fisioterapia”.
Rita Luz, de 57 anos, tem baixa visão e após muita dedicação, se formou em direito. “Somos aquelas pessoas que enxergam no mundo dos cegos e não enxergam dos que enxergam. Meus pais me incentivaram, não precisamos ser vistos apenas pela deficiência, mas pelo que podemos realizar. Hoje milito na área das pessoas com deficiência,
a acessibilidade é um direito, não um favor, um imperativo ético, não um favor, é um respeito a dignidade da pessoa com deficiência”, pontuou Rita.
Tânia Regina Cunha, de 67 anos, é presidente da comissão das pessoas com deficiência da OAB-MS. Totalmente cega, ela diz que a conseguiu ter a graduação com a perseverança e solidariedade dos colegas. Ela conta que o apoio da família também foi fundamental.
“A minha mãe lia todo o material didático para mim. O recado que eu tenho é: vai em frente, porque todo mundo consegue se quiser, basta ter vontade perseverança e esforço. Barreiras vamos encontrar, mas quando encontramos uma pedra tem que pular”, diz.
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