MS tem novo caso suspeito de varíola dos macacos; exames descartam doença em criança

MS tem três casos descartados da doença e apenas um em investigação

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varíola dos macacos
(Foto: Imagem ilustrativa)

A SES-MS (Secretaria Estadual de Saúde) informou nesta quinta-feira (7) que Mato Grosso do Sul tem novo caso suspeito de varíola dos macacos. Homem de 41 anos é o novo paciente que tem o quadro em investigação. Ainda segundo a Saúde, o caso suspeito da semana passada, de uma menina de 2 anos, foi descartado.

De acordo com a secretaria, o paciente de 41 anos está em Campo Grande e tem sintomas da doença como febre, ínguas e feridas pelo corpo. Ele teve os primeiros sinais da doença em 29 de junho. O homem esteve em São Paulo entre os dias 16 a 19 de junho. Exames foram colhidos e devem confirmar se o homem tem mesmo a doença.

Em relação ao caso registrado na semana passada, a SES informou que a criança de 2 anos que era um caso suspeito, teve exames negativos para a doença.

Até o momento, o Estado tem quatro casos notificados, três descartados e um em investigação.

Plano de contingência contra varíola dos macacos em MS

No início de junho, o MPMS (Ministério Público Estadual) determinou a implementação de um plano de contingência contra a varíola dos macacos em Mato Grosso do Sul.

O grupo contará com a SES-MS (Secretaria de Estado de Saúde), Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Campo Grande, Conselho Municipal de Saúde, Conselho Regional de Enfermagem, Comissão de Saúde da Câmara Municipal, Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa e Comissão de Saúde da OAB-MS.

Os trabalhos do grupo devem seguir orientações emitidas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em nota técnica publicada no mês passado que detalha o que se sabe até agora sobre a doença e procedimentos para notificação de casos.

Em resposta à recomendação do MP, a SES-MS informou, em 21 de junho, que aguardava plano de contingência nacional para estabelecer as diretrizes do plano estadual. No documento, a secretaria também informou que tem tomado medidas contra a doença, como orientações aos profissionais do Estado e acompanhamento do Cievs (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde).

Até o momento, não há novas medidas práticas fruto da criação do plano de contingência estadual.

Principais formas de contágio da varíola dos macacos

A infecção pelo vírus se dá de três formas: em contato com um macaco infectado com o vírus, com outra pessoa doente e também com materiais contaminados. De pessoa para pessoa, o vírus é transmitido no contato com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama.

Portanto, as formas mais comuns de contágio são as seguintes:

• do contato com roupas ou lençóis (como roupas de cama ou toalhas) usados por uma pessoa infectada; 

• do contato direto com lesões ou crostas de varíola de macaco; 

• da exposição próxima à tosse ou a espirro de um indivíduo com erupção cutânea de varíola. 

Sintomas e prevenção

Segundo as autoridades, o período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias e os sintomas costumam aparecer após 10 ou 14 dias. Além das erupções cutâneas, a varíola dos macacos causa dores musculares, na cabeça e nas costas, febre, calafrios, cansaço e inchaço dos gânglios linfáticos.

Em nota emitida na semana passada, o Ministério da Saúde afirma que o melhor método de prevenção para o contágio é reforçar a higiene das mãos e ter cuidado no manuseio de roupas de cama, toalhas e lençóis usados por pessoas infectadas.

Vale ressaltar que não há tratamento específico para a doença ou vacina contra o vírus, no entanto, a vacina padrão contra varíola também protege contra esse vírus. A varíola foi erradicada no mundo em 1980.

Nos Estados Unidos, último país fora do continente Africado a registrar surto da doença no início dos anos 2000, não houve nenhuma morte causada pela doença. Segundo especialistas, esse cenário revela que com assistência adequada, a doença, apesar de grave, pode não representar uma epidemia, como a causada por vírus respiratórios, como a Covid-19.

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