Mato Grosso do Sul pode ter calor até 60% acima da média nos próximos três meses
Para agravar situação, chuvas devem ficar abaixo do esperado até fevereiro de 2023
Karina Campos –
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O sul-mato-grossense irá enfrentar calor acima e chuva abaixo da média histórica para os próximos três meses, de acordo com o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima). A análise meteorológica mostra variação nas condições em cada região do Estado.
Os modelos se baseiam em projeções climáticas de anos anteriores e índices do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), de dezembro, janeiro e fevereiro. O fenômeno La Ninã deve perder a força de atuação sobre o Estado nos próximos meses.
Conforme a análise, as chuvas devem variar de 500 a 700 mm em grande parte de Mato Grosso do Sul. Nas regiões do Cone-sul (Iguatemi), Pantanal (Corumbá) e sudoeste (Porto Murtinho) as chuvas variam entre 400 a 500 mm. No extremo norte (Pedro Gomes), as chuvas variam entre 700 a 800 mm.
Fenômeno La Ninã
Já o modelo que considera a média de múltiplos modelos climáticos indica que as chuvas ficarão dentro da média histórica para o trimestre. Quanto aos indicadores do Inmet, a previsão é que as chuvas ficarão entre 40 e 60% abaixo da média histórica nas regiões centro-oeste, sudoeste e pantanal do Estado.
Por outro lado, nas regiões do extremo norte, bolsão e extremo sul do Estado as chuvas ficarão de 35 a 50% acima da média climatológica para o período. “Vale destacar que mesmo o modelo indicando condições favoráveis para chuvas abaixo da média histórica, é possível que, em partes do Estado, possam ocorrer excessos de chuvas devido a fatores de outras escalas de tempo, como foi observado nos últimos meses”, pontua o prognóstico.
O fenômeno La Ninã deve perder a força de atuação, o modelo indica 76% de probabilidade para manutenção, sendo que pode entrar na fase de neutralidade até março do ano que vem.
Calor no Pantanal
De acordo com o modelo climático do Inmet para a previsão de temperatura, o calor deve ficar cerca de 45 a 60% acima da média histórica, ou seja, mais quente que o normal, principalmente nas centro-oeste, sudoeste, nordeste e pantanal.
Entretanto, no extremo norte, as temperaturas ficarão entre 35 e 50% acima da média climatológica.
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