O Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) divulgou, nesta quinta-feira (2), relatório de análise das chuvas do mês de maio. encerrou o período com chuvas acima da média, valores acima de 100% apenas nas regiões do sul e sudeste do Estado.

O diagnóstico indica que o volume de chuvas acumuladas varia entre 90 e 180 mm. Por outro lado, nas regiões centro-norte, as chuvas ficaram abaixo de 50% da média, com valores de chuvas acumuladas entre 0 – 60 mm.

Das cidades abaixo do esperado estão: Campo Grande, Água Clara, Ribas do Rio Pardo, Sidrolândia, Santa Rita do Pardo, Paranaíba, e Sonora.

Na região centro-norte do Estado, entre os dias 26 e 31 do mês houve chuvas abaixo de 1 mm. Já na região sul do Estado, ocorreram chuvas acima de 1 mm durante 10 dias do mês.

Já as cidades que tiveram maior precipitação foram Dourados, Bela Vista, e Ivinhema, onde as chuvas ficaram acima de 100 mm no mês. Nos municípios das regiões norte e pantaneira, como Coxim, e São Gabriel do Oeste, as chuvas ficaram abaixo de 30 mm/mês.

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Acumulados de chuva no mês. (Foto: )

Quanto à intensidade na categoria seca, houve déficit de precipitação, principalmente na região centro-norte. Por outro lado, observa-se que no sul do Estado, na escala de 3 meses, houve uma melhora no indicador de secas, mostrando excedente de precipitação.

No geral, comparado ao mês passado, houve uma desintensificação das condições de seca no Estado. As regiões mais seguem sendo as regiões pantaneira, bolsão, leste e sudoeste do Mato Grosso do Sul, onde os valores variam entre -0,8 a acima de -1,6.

Chuvas de junho a agosto

Para o trimestre de junho, julho e agosto o acumulado é de 50 a 300 mm em MS. Na maior parte do Estado, os acumulados de chuva variam de 100 a 200 mm durante estes 3 meses, exceto no sul, onde as chuvas variam entre 200 a 300 mm e no norte do Estado entre 50 e 100 mm.

Baseado nesta análise, a previsão indica que as chuvas ficarão entre 40 e 50% abaixo da média climatológica para os próximos três meses. Esta previsão se deve à atuação da La Niña, sendo 69% de probabilidade para continuidade da La Niña, que é um fenômeno oceânico-atmosférico de resfriamento das águas do oceano Pacífico, e por consequência, gera mudanças nos padrões de circulação atmosférica que impactam no regime das chuvas.

Além disso, a continuidade da La Niña durante o inverno pode favorecer um inverno mais rigoroso do que o normal, com a incursão mais frequente de massas de ar frias.