Centenas de bolivianos seguem com manifestação em fronteira bloqueada há 4 dias
A fronteira de Mato Grosso do Sul com a Bolívia continua calma neste quinto dia de manifestações no país vizinho. O trânsito entre Corumbá, a 426 km de Campo Grande, e Puerto Quijarro, está bloqueado desde o último sábado (22). Parte da população boliviana voltou a protestar a favor da antecipação da realização do Censo […]
Thalya Godoy –
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A fronteira de Mato Grosso do Sul com a Bolívia continua calma neste quinto dia de manifestações no país vizinho. O trânsito entre Corumbá, a 426 km de Campo Grande, e Puerto Quijarro, está bloqueado desde o último sábado (22).
Parte da população boliviana voltou a protestar a favor da antecipação da realização do Censo Demográfico para que, com os resultados do levantamento, o governo readéque a distribuição de recursos públicos aos estados.
O Censo Demográfico está agendado para 2024 e as reivindicações pedem que o presidente Luiz Arce antecipe e seja realizado já em 2023. O último levantamento foi feito em 2012.
Segundo informações da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, a última noite foi calma na parte brasileira da fronteira, enquanto do lado da Bolívia cerca de 500 pessoas realizaram uma reunião.
O encontro foi pacífico e já é realizado há quatro dias. Na noite anterior, na segunda-feira, uma assembleia com centenas de pessoas pediu a renúncia do prefeito de Puerto Quijarro, Leonardo Luis Chamby Montoya.
No último sábado (22), um funcionário público boliviano foi morto em Puerto Quijarro durante os conflitos. A partir desse dia, um grupo de policiais militares brasileiros monitora a situação na fronteira.
Negociações avançam
De acordo com o jornal boliviano El Delber, está marcado para a próxima sexta-feira (28), na cidade de Cochabamba, um “encontro plurinacional” no qual será definida a data do próximo Censo Demográfico.
Trânsito está parado na fronteira
Devido aos protestos, cerca de 600 caminhões estão parados na fronteira brasileira até Santa Cruz.
A receita com as exportações que passam pela fronteira seca soma 241 milhões de dólares, entre ferro, aço, minério, carnes, peixes, calçados, couro, açúcar, frutas e vestuário, que compõem uma lista com 69 itens.
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