Idosa vive impasse em hospitais e aguarda cirurgia após ter fêmur fraturado há dias
Família faz apelo para cirurgia após não conseguir especialidade em Aquidauana
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Há cerca de 15 dias, Adriano Marcelo da Silva, de 42 anos, está na batalha para conseguir uma cirurgia para a mãe de 73 anos, que está vivendo um impasse em hospitais. Ela havia sido operada em Aquidauana e foi transferida para a Santa Casa de Campo Grande, que deu alta para a cidade de origem. Mesmo com uma ação na Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, a idosa ainda não foi operada após complicações ocasionadas por uma fratura no fêmur.
No início no ano, Filomena Damacena da Silva sofreu um acidente doméstico, o filho conta que levaram ao Pronto-Socorro do município, onde foi constato a fratura próximo à bacia. Em seguida, passou por uma cirurgia de reparação com fixação, retornando para exames e curativos. Na nova radiografia, feita depois de 7 dias do procedimento, os médicos informaram à família que a fixação havia se soltado, sendo necessário outra operação.
“Ela passou de novo por outra cirurgia, voltou para casa depois de três dias, mas depois de 15 dias reclamava de fortes dores. Voltamos para o médico, que disse que tinham que estudar o caso dela, nos chamou para dizer que em Aquidauana não tem especialista para a cirurgia específica na bacia e no quadril. Teria que fazer um implante”, disse o filho.
Desde então, a família tem corrido contra o tempo para não agravar o estado de Filomena, que por conta do problema não consegue mais andar e permanece acamada. Sem condições de pagar pelo procedimento em uma unidade privada, a espera é de 12 dias, desde o início do pedido de vagas para transferências para a Santa Casa.
A ação judicial determina, com caráter de urgência, que a SES (Secretaria de Estado de Saúde) forneça a vaga em hospital de referência em cirurgia de quadril e o tratamento cirúrgico de autoplastia total, exames pré-operatórios necessários e todos os demais procedimentos para a recuperação da paciente.
“Começamos a solicitar a vaga na Central de Regulação, de lá para cá são dias, inclusive, com intervenção política e pedidos de ajuda. Impetramos uma ação judicial na Defensoria Pública, saiu a decisão no domingo (27). A Ambulância pegou, levou (para Campo Grande), mas o ortopedista de plantão (da Santa Casa) não quis recebê-la alegando que ela poderia ser tratada em Aquidauana, mas não tem especialidade. Minha mãe estava internada na área verde aguardando. A situação a cada dia se agrava mais. Ela ficou a noite inteira ontem (1°), e o Hospital de Aquidauana resolveu buscar ela com ambulância”.
Entretanto, a Santa Casa de Campo Grande informou que a paciente foi encaminhada à revelia do Núcleo de Regulação da Instituição, mesmo após orientações e explicações dos médicos especialistas, com histórico clínico de realização de procedimentos em município do interior de e com complicações pós-operatórias.
“A paciente em questão foi atendida na Santa Casa, avaliada, medicada e recebeu alta hospitalar com orientações para ser encaminhada à unidade de origem para o tratamento adequado, devido ao grande fluxo de pacientes no Pronto-socorro e com a pré-ortopedia aguardando vaga para procedimentos cirúrgicos. Vale ressaltar que hospital segue o fluxo instituído pela Central de Regulação, atendendo as urgências e emergências, que nos casos de procedimentos eletivos, são direcionados para tratamento e acompanhamento ambulatorial até que seja realizado o procedimento, evitando risco de deixar o paciente em desassistência. Ainda assim, informada a situação, como explicado acima, a paciente foi encaminhada à revelia da Regulação Interna da instituição e após ser avaliada, foi liberada pelo mesmo motivo que havia sido informado via sistema e encaminhada a unidade de origem para serem tomadas as condutas necessárias”, comunicou em nota.
O hospital ainda disse que a ação judicial está direcionada à prefeitura de Aquidauana e ao Estado e em momento algum se refere à unidade. “Essas instituições são as responsáveis por providenciar o tratamento adequado ao paciente. Também vale destacar que a paciente possui um histórico de dois procedimentos ortopédicos na cidade de origem e com complicações, mas só agora foi informando à família que lá não é referência para o caso. Reiteramos que a Santa Casa de Campo Grande mantém seu compromisso de salvar vidas, mas de forma segura e que todo risco de desassistência ao paciente será intervindo de forma que este não ocorra em nossa instituição”.
Já a SES informou que a paciente será atendida por meio ambulatorial na Santa Casa de Campo Grande. Em razão da paciente já ter passado por um procedimento cirúrgico, o caso específico seria de cirurgia eletiva e não de urgência como foi regulada. “Por este motivo, atendendo a critérios técnicos, a paciente foi reencaminhada para o município de origem sendo agendado nova data para retorno e realização da cirurgia junto ao hospital”, comunicou.
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande), que é responsável pela regulação da macrorregião, explicou que, após a alta, a paciente não está mais, dessa forma, no sistema de regulação do município.
A reportagem entrou em contato com o Hospital Regional Dr. Estácio Muniz, mas não recebeu retorno até a publicação deste material. O espaço segue aberto para um posicionamento.
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