Grupo de ‘jipeiros’ é multado em R$ 210 mil por fazer trilha em áreas de proteção no Pantanal

Maioria dos autuados é de fora de MS e cada um foi multado em R$ 10 mil

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
pantanal
Marcas dos jipes em área de preservação (Foto: Divulgação/ PMA)

A PMA (Polícia Militar Ambiental) de Aquidauana concluíram nesta terça-feira (20), a identificação, endereço, notificação e multa de 21 ‘jiperios’ por degradação de áreas de protegidas no Pantanal. O valor aplicado foi de R$ 210 mil.

Depois de receber denúncias de que alguns grupos de pessoas com veículos traçados estariam adentrando áreas protegidas como leitos de rios, vazantes, inclusive, em propriedades privadas, a PMA, desde sexta-feira passada (16), iniciou trabalhos para averiguar a denúncia, tendo em vista a notícia de uma expedição do tipo.

Nos levantamentos, a equipe visualizou na ponte que passa por uma fazenda, vários veículos no interior do Rio Negro e, notadamente às margens da APP (Área de Preservação Permanente).

Os veículos de trilha estavam também estacionados a menos de 30 metros do leito do rio e, além disso – embora no local haja uma ponte, na rodovia MS 170 em perfeitas condições de passagem – ficou evidenciado a negligência dos ocupantes em decidir passar pelo interior do Rio Negro, bem como a realizar ‘zerinhos’ nas áreas protegidas dos cursos d’água.

pantanal
Marcas dos jipes em área de preservação (Foto: Divulgação/ PMA)

Identificação

A partir daí, a PMA de Aquidauana iniciou processo de identificação e notificação dos infratores, tendo em vista que a grande maioria é de pessoas de outros estados. Ao todo, 21 pessoas foram autuadas administrativamente e multadas em R$ 10 mil cada um – R$ 210 mil no total.

Ele receberam a penalidade por destruir, danificar e, sobretudo, utilizar área de preservação permanente com infringência das normas de proteção. Todos receberão os autos em suas residências.

17 infratores, de idades entre 32 a 70 anos, residentes em São Paulo (SP), um de 65 residente em Bragança Paulista (SP), um de 63, morador de Lavras (MG), um de 54 de Jaguaruna (SC) e um campo-grandense de 50 anos, também poderão responder por crime ambiental, com penas prevista de um a três anos de detenção.

A PMA alerta que esse tipo de atividade precisa ser licenciado pelo Imasul (Imasul de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).

Conteúdos relacionados