Expresso Queiroz culpa chegada de novas empresas e pandemia por deixar funcionários há 6 meses sem cestas básicas
A empresa contestou as informações e diz que tem se empenhado para honrar todos os compromissos
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Nem mesmo com determinação judicial a Expresso Queiróz tem pago em dia o salário de funcionários em Mato Grosso do Sul. Ao menos é o que os trabalhadores relataram ao jornal Midiamax nesta quarta-feira (16). Segundo eles, os vencimentos não têm sido depositados em dia pela empresa do ramo de transporte de cargas e passageiros e, além disso, os benefícios também estão pendentes.
A empresa contestou as informações e diz que tem se empenhado para honrar todos os compromissos. Disse que por conta da pandemia da Covid-19, que fechou as rodoviárias por quase 60 dias, e da abertura do mercado para outras empresas, se deparou com desequilíbrio financeiro. Assim, garante que os salários, apesar do atraso, têm sido pagos dentro dos meses.
Reclamações
Conforme denúncia, os atrasos sempre foram constantes, mas a situação se agravou a partir de agosto do ano passado. As informações são de que nem o pagamento mensal e nem o vale, que corresponde a um adiantamento de 40% sempre no dia 20 dos meses, estão caindo em conta dentro do prazo esperado. A situação preocupa os trabalhadores que se veem obrigados a pagar contas atrasadas, com multas e juros.
Há casos de alguns que chegam a recorrer a empréstimos para suprir o desfalque financeiro provocado pelos atrasos. As cestas básicas, por exemplo, não são pagas desde agosto. No entanto, neste mês de fevereiro a empresa disponibilizou uma cesta que foi referente ao mês de agosto.
Mesmo assim, ainda estão pendentes as cestas de setembro, outubro, novembro, dezembro, janeiro e fevereiro. “Se a gente falta, não tem conversa, o RH vai e desconta. O que a gente quer é apenas o que é direito. Trabalhamos o mês todo e só queremos receber em dia, não é pedir muito”, disse um dos trabalhadores que não quis se identificar.
O detalhe é que em agosto de 2020 a Justiça determinou que a Expresso Queiroz pagasse os funcionários em dia após ação movida pelo MPT-MS (Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul).
Na época havia sido constatada a ausência de depósitos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) em contas vinculadas aos empregados, não recolhimento de contribuições previdenciárias, bem como descumprimento de cláusulas previstas em acordo coletivo relativas à concessão de benefícios, como cesta básica e ticket alimentação.
O que diz a empresa
Neuza Queiroz, diretora da empresa, admitiu os atrasos, mas ponderou que, na visão dela, a situação não é a mesma que foi relatada pelos funcionários. Ela disse que as medidas restritivas impostas pela pandemia bloquearam as rodoviárias por cerca de 60 dias, comprometendo os serviços de transporte de passageiros prestados pela empresa.
Além disso, segundo ela, a Agems (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos) abriu o mercado de Mato Grosso do Sul para outras empresas, o que dificultou ainda mais a concorrência. Diante deste cenário, a Expresso Queiroz passou a enfrentar problemas financeiros. “Estamos fazendo o possível com muita dedicação”, disse Neuza.
Ela disse que o salário deste mês, por exemplo, já foi pago em 80% e que apesar dos atrasos, tudo tem sido pago dentro do mesmo mês. “A gente não deixa passar de um dia para o outro”. Sobre os atrasos nos benefícios, também contestou a alegação e disse que quando as cestas não são entregues, há compensação em dinheiro.
Garantiu também que estão em negociação com os fornecedores e que espera regularizar tudo em breve. “A gente pede a compreensão dos trabalhadores. Nossos funcionários são de longa data. Tem gente que está aqui há mais de 20, 30 anos, então temos muita consideração”, pontuou.
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