Estudantes da UFMS ( Federal de Mato Grosso do Sul) vão se reunir em frente à reitoria da universidade, nesta quinta-feira (9), para protestar contra os cortes orçamentários, o valor cobrado no Restaurante Universitário, entre outros. A manifestação ocorre a partir das 9h em frente à Reitoria da UFMS.

Ana Laura Menegat, presidenta do Cajor (Centro Acadêmico de Jornalismo), destaca o sucateamento do curso e da Faalc (Faculdade de Artes, Letras e Comunicação), que poderiam ser melhorados com os valores cortados pelo Governo Federal.

Ana também lembra que a luta dos estudantes está em consonância com a dos professores. “É direito dos professores reivindicar o reajuste, que não é um aumento, e temos que entender que a qualidade de vida dos professores interfere no nosso processo de aprendizagem”, disse.

Ato nacional

O ato faz parte de uma mobilização nacional convocada por entidades como a Une (União Nacional dos Estudantes), Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) e Fenet (Federação Nacional dos Estudantes do Ensino Técnico).

Na UFMS, a organização também conta com os centros acadêmicos de alguns cursos, como os de História e de Jornalismo, além de ter o apoio da Adufms e do Sinasefe.

Ingryd Trigilio, representante da Une em Mato Grosso do Sul e acadêmica de Ciências Sociais, afirma que o ato tem como objetivo defender o futuro dos estudantes.

Maria Eduarda de Macedo, que cursa o ensino médio no e é presidenta da UJS (União da Socialista), em , chama atenção para os cortes recentes na educação. “Fomos pegos de surpresa”, afirma.

O ato está marcado para às 9h e a tentativa de institucionalização do ensino domiciliar, conhecido como “homeschooling”, e a proposta de cobrança de mensalidades nas universidades públicas também estão na pauta do protesto.

Cortes na UFMS

A UFMS sofreu um bloqueio de cerca de R$ 13 milhões de reais no orçamento, como consequência do corte de mais de R$ 1 bilhão de reais na educação federal.

Segundo a UFMS, o orçamento para 2022, aprovado pelo Congresso Nacional, é de R$ 952,8 milhões, sendo que 80% é destinado para pagamento de pessoal, ativo e aposentado. Do total, R$ 64 milhões são destinados para manutenção e funcionamento da Universidade.

Segundo a pró-reitora de Planejamento e Orçamento, Dulce Tristão, em informações repassadas ao site oficial da UFMS, a redução do orçamento impactará diretamente no funcionamento da Universidade e causará prejuízos no pagamento das contas de água e luz e de insumos para laboratórios e projetos.

Preço no RU

Depois de ser reaberto, em abril, o RU passou a cobrar R$ 15 pelas refeições da comunidade acadêmica não vulnerável. Aqueles que são baixa renda e cadastrados no CadÚnico vão pagam somente R$ 3.

Os demais estudantes não vulneráveis, bem como servidores, colaboradores e comunidade externa não têm direito ao subsídio e pagam o valor integral cobrado pela empresa licitada, que prestará os serviços no restaurante.