Em 2 anos, registro de pessoas resgatadas por trabalho escravo tem aumento de 72% em MS

Em 2021, 74 trabalhadores foram encontrados em condições análogas as de escravo

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No Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, um dado preocupa. Mato Grosso do Sul registrou um aumento expressivo no número de resgates de pessoas trabalhando em situação análoga à escravidão.

Segundo o Ministério Público do Trabalho de MS, somente em 2021, a instituição instaurou procedimentos motivados por diligências que culminaram no resgate de 74 trabalhadores encontrados em condições análogas as de escravo, em nove diferentes estabelecimentos localizados na área rural do Estado.

O número de resgates é 72% superior ao contabilizado em 2019, quando 43 trabalhadores foram flagrados nessas condições, em seis propriedades rurais, e 17% maior na comparação com 2020, quando houve o resgate de 63 trabalhadores submetidos ao labor precário em quatro fazendas inspecionadas.

O Painel de Informações e Estatísticas da Inspeção do Trabalho no Brasil mostra que, desde 1995, o governo brasileiro flagrou mais de 56 mil pessoas laborando como escravos modernos. Nesse período, cerca de 2,9 mil pessoas foram resgatadas em condições análogas as de escravo no Mato Grosso do Sul, conforme aponta o Observatório da Erradicação do Trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas.

Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo

A data foi instituída em homenagem aos auditores Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e ao motorista Aílton Pereira de Oliveira. Eles foram mortos no dia 28 de janeiro de 2004, quando investigavam denúncias de trabalho escravo em fazendas na cidade mineira de Unaí, no episódio que ficou conhecido como a chacina de Unaí. Esse é o tema do Dedo de Prosa desta sexta-feira (28) com Jeziel Carvalho.

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