Construção de terminal ferroviário em Dourados vai depender de investidores

O prefeito Alan Guedes (PP) acompanhou a primeira audiência pública e disse que a cidade vai oferecer alternativas para construir um centro logístico

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Primeira audiência foi realizada em Dourados (Fotos: Marcos Morandi, Midiamax)

A primeira das sete audiências públicas para apresentação dos resultados do EIA (Estudo de Impacto Ambiental) da Nova Ferroeste, idealizado pelo Governo do Paraná em parceria com o Mato Grosso do Sul, foi realizada nesta segunda-feira (16), em Dourados. O evento atraiu muitos interessados na Expoagro, mas ainda está longe de definir sobre a construção de um possível terminal na cidade.

A reportagem do Midiamax acompanhou as discussões técnicas, que foram presididas pelo analista ambiental do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente), Antônio Celso Borges, que tratam dos impactos ambientais sobre o traçado de 1.304 quilômetros que vai ligar os municípios de Maracaju (MS) e Paranaguá (PR), além de um ramal entre Foz do Iguaçu e Cascavel.

O investimento é estimado em R$ 29,4 bilhões, mas depende de autorização do Ibama e também do interesse dos investidores no projeto. “Dourados foi escolhida como a primeira cidade das sete audiências a serem realizadas. Nossa intenção é esclarecer a sociedade como vai acontecer essa obra e o que ela representa para a cidade, para o Mato Grosso do Sul e para o Brasil”, explicou o diretor presidente da Ferroeste, André Gonçalves.

Segundo o executivo, nos estudos para implantação da Nova Ferroeste, na elaboração do traçado da obra, houve a preocupação com áreas sensíveis que envolvem a implantação da ferrovia. ”Nossa intenção é a atender a demanda do agronegócio, que é forte em MS, sem afetaras áreas indígenas e as áreas de preservação ambiental”, justificou.

Em relação às construções de terminais de carga e descarga nos municípios que fazem parte do traçado da Nova Ferronorte, o que existe até o momento são especulações. “Queremos deixar claro que nenhuma decisão nesse sentido foi tomada e isso também envolve Dourados. Não definimos nenhum terminal de transbordo em nenhuma cidade, exceto a cidade de Cascavel, porque ela é um entroncamento para três ramais ferroviários”, explicou André Gonçalves.

“Este é um projeto que nos interessa muito e trabalhos intensamente para que Dourados não ficasse de fora. Essa audiência aqui na cidade já significa um grande passo. Temos certeza que as negociações estão avançando cada vez mais. Quem vai definir se teremos ou não um terminal na cidade é o mercado. E estamos preparados para entra nesta disputa”, afirmou o prefeito de Dourados ao Midiamax.

Segundo o prefeito, Dourados não abre mão de ter um terminal para escoamento de produtos da cidade e região. “Nós estamos preparando, dentro da análise de viabilidade que a Ferroeste apresenta, estudos para desapropriação de uma área no entorno do traçado do projeto para que a gente possa oferecer para a iniciativa privada, alternativas de uma área para a implantação de um terminal”, explicou Alan Guedes.

Analista do Ibama, Antônio Borges, coordenou discussões sobre licenciamento da Nova Ferronorte

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