Com salto de casos e morte de bebê por dengue, saiba quando procurar atendimento médico

Somente Campo Grande tem mais de 7,5 mil casos da doença neste ano

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Dengue
(Foto: Arquivo, Jornal Midiamax)

A morte de um bebê de oito meses pela dengue em Nioaque, cidade distante a 181 km de Campo Grande, reacendeu a discussão sobre a doença que, anualmente é combatida pelos órgãos sanitários, mas que sem o devido cuidado dos moradores, acaba se proliferando e causando vítimas.

Dengue é uma doença causada por vírus e transmitida, principalmente, pela picada de um mosquito da família Aedes, em especial o Aedes aegypti. As causas da dengue podem estar relacionadas à água parada, com desenvolvimento do mosquito. Por isso, as ações de conscientização da Saúde e fiscalização nas residências.

Conforme a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), existem sintomas clássicos da dengue, como dores nas articulações e olhos, fraqueza, dores de cabeça e febre, contudo o diagnóstico deve ser feito durante atendimento médico.

“Uma vez que, para acompanhamento dos casos no município, ela é uma doença de notificação compulsória, desta forma, somente os pacientes que passam por unidade de saúde possuem a confirmação ou descarte do diagnóstico”, disse secretaria em nota.

Com o aumento de casos, com crescente de 25% em um mês, a Sesau disse que apesar do número expressivo de doentes, não houve grande demanda nos atendimentos em unidades de saúde.

Em Campo Grande, no último levantamento, em 14 de outubro, tinham sido notificados 14.609 casos de dengue no município, segundo a Sesau. “Apesar deste número ser maior que a soma do ano anterior, quando foram 5.673 notificações, não foi registrado um aumento dos casos nas últimas semanas”, disse.

Morte de bebê por dengue

Uma bebê de oito meses é a mais nova vítima da dengue em Mato Grosso do Sul. Segundo informações da SES (Secretaria Estadual de Saúde), a recém-nascida começou a apresentar sintomas no dia 10 de setembro e morreu duas semanas depois. 

Após a morte, protocolo de investigação foi aberto pela SES, que confirmou a causa da morte no dia 13 de outubro. A menina morava com a família em Nioaque e não tinha nenhuma comorbidade relatada.

Com o novo caso sobe para 20 o total de óbitos por dengue no Estado, quantidade que já supera todo o ano passado, quando 14 mortes foram contabilizadas. Além dos óbitos, ainda foram registrados 22.001 casos prováveis da doença, a maioria deles, 7.532, em Campo Grande.

Dengue tem aumento de 25% em um mês

Há um mês, Campo Grande registrava queda no número de infectados pela dengue, mas após 30 dias desde o registro, o número de casos saltou na Capital e mais de 1,5 mil moradores foram infectados pelo mosquito.

Conforme o boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde) do dia 13 de outubro, Campo Grande havia registrado 7.472 casos de dengue, 6,5 mil registros a mais do que a cidade que aparece em segunda colocação no ranking de casos confirmados na ocasião.

No mês passado, no dia 18 de setembro, o boletim indicava que a Capital tinha 5.933 pessoas infectadas, ou seja, em trinta dias teve aumento de 25,9% de casos.

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