Após reunião no MPE (Ministério Público Estadual), na tarde desta quarta-feira (21), terminar com impasse, a da Santa Casa da Capital vai se reunir na próxima sexta-feira (23) para discutir um indicativo de greve.

Segundo o presidente do Siems (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul), Lázaro Santana, na reunião – mediada pelo MPE -, a Santa Casa pediu mais R$ 4,5 milhões para sanar as contas.

Desse valor, o governo de MS entraria com R$ 3 milhões e a prefeitura da Capital com R$ 1,5 milhão. Porém, o impasse se deu por conta do Executivo Municipal, que afirmou não ter condições de repassar mais esse custo.

“Nós do sindicato informamos que nós não vamos ter como aguardar mais nenhum tipo de discussão. Então, após a reunião, fizemos uma assembleia com os trabalhadores. Sexta-feira já vamos reunir novamente os trabalhadores e votar um indicativo de greve. Na terça-feira nós começamos uma greve geral na Santa Casa por tempo indeterminado”, disse Lázaro ao Jornal Midiamax.

Conforme ele, 70% devem aderir a greve e 30% vão continuar atendendo, seguindo um regime de escala. A promessa de paralisação das atividades de metade dos funcionários da Santa Casa nesta quarta não se efetivou devido a uma ordem judicial enviada ao Siems, às 23 horas de ontem (20), por meio do sindicato patronal, o Sindesul (Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Mato Grosso do Sul). 

De acordo com Lázaro, a decisão determinou a suspensão da paralisação por 24 horas, o que transformou as ações de hoje em uma mobilização da categoria para continuar a pressionar em prol do reajuste anual de salários, em continuidade ao protesto que foi realizado ontem. Cerca de 30% do efetivo paralisou

Protestos da enfermagem

Os protestaram na última terça-feira (20) em busca de valorização salarial, em frente à Santa Casa de . A categoria pede reajuste anual nos salários e o restabelecimento do piso salarial suspenso pelo STF (Supremo Tribunal Federal). 

Os protestantes uniram outros trabalhadores, da cozinha, limpeza e outros setores de saúde, que se concentraram em frente ao hospital e seguiram em passeata na Rua Eduardo Santos Pereira, na Rua 13 de Maio, e em frente à prefeitura, para tentar diálogo com a Prefeitura Municipal.