Bebê morre durante parto em hospital de MS e família denuncia negligência

Caso foi registrado na Depac de Dourados como morte a esclarecer

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Paciente estava internada na maternidade do HU-UFGD (Foto: Marcos Morandi, Midiamax)

O pai de um bebê, que morreu durante o trabalho de parto no HU-UFGD (Hospital da Universidade Federal da Grande Dourados), procurou a polícia para denunciar o caso nesta sexta-feira (14). O morador da aldeia Jaguapiru, de 24 anos, diz que houve demora da unidade durante o atendimento.

Segundo o denunciante, grávida de 40 semanas, a esposa foi levada para o hospital ainda na quinta-feira (13) sentindo muitas dores, mas foi orientada a aguardar dilatação. Ela teria ficado esperando horas até o início da cirurgia cesariana.

Na ocorrência registrada na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) de Dourados, o marido relatou que a esposa só foi levada para o Centro Cirúrgico por volta das 23 horas. Entretanto, já no início da madrugada desta sexta-feira (14), foi constatado o óbito.

Ainda inconformados, os familiares fizeram o velório do bebê na própria residência, na Aldeia Jaguapiru, Reserva Indígena Federal de Dourados. Além da ocorrência registrada na Depac de Dourados, como morte a esclarecer, os familiares denunciaram o caso na ouvidoria do HU-UFGD.

O outro lado

Procurada pela reportagem do Midiamax, a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), que administra a unidade, explicou que a Maternidade do HU-UFGD é referência para mais de 34 municípios de macrorregião de Dourados, absorvendo as demandas de partos de alto risco e risco habitual, uma vez que não há outra maternidade SUS.

Ainda segundo nota da Ebserh, “a paciente em questão deu entrada às 11h25, sendo realizados os exames de monitoramento (cardiotocografias, Ultrassom com dopler) que não indicaram a necessidade de cesárea de urgência, ficando a paciente monitorada integralmente até o momento do nascimento da criança, que, infortunadamente, foi a óbito”.

A respeito do boletim de ocorrência registrado pelos familiares da paciente na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), a unidade hospitalar informou que até o momento não foi notificada sobre o caso ou possível abertura de investigação.

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