A prefeitura afirmou que, neste semana, deve instalar uma grade metálica, também conhecida como “guarda-corpo”, em um desnível na calçada, localizada no cruzamento das ruas 13 de maio com a Dom Aquino, região central de Campo Grande. Com a reforma, o local teve uma elevação de cerca de 50 centímetros e isso ocasionou acidentes – alguns graves, como ocorreu com uma mulher e um idoso, recentemente.

O Midiamax denunciou o problema na última terça-feira (11), após várias reclamações sobre o local. Em seguida, cobrou um posicionamento e foi informado, pela Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), que o local foi isolado para estudar o que seria feito.

Mais tarde, a equipe informou que pretende fazer a instalação da grade metálica permanente, para evitar acidentes e ressaltou ainda que “a calçada em questão é de responsabilidade do proprietário do prédio”.

Pedestre se feriu de forma mais grave e precisou ser socorrida

Segundo as pessoas que conversaram com a reportagem, pedestres que fazem o trajeto costumeiramente não percebiam o desnível, de forma frequente. Uma delas, no entanto, se feriu de forma mais grave e precisou ser socorrida. Um idoso que também se machucou foi até o nosso encontro e contou o triste episódio.

“As pessoas estão caindo aqui direto e já faz um tempo que isso está acontecendo. Era reto e agora tem uma elevação, só que muitos passam direto. Eu machuquei a testa e o braço. Passo aqui todo dia, moro no prédio aqui em cima. O meu filho, que é médico também veio me ver e com ele aconteceu a mesma coisa. Precisa tomar alguma providência”, comentou o aposentado Orlando da Silva Lemos, de 84 anos.

Vendedor lamenta acidentes e fala que trecho da calçada foi “algo muito mal feito”

Foto: Marcos Ermínio/Jornal Midiamax

O vendedor Robson Luiz, de 54 anos, conta que trabalha há 35 anos na região e acha o qualificou o resultado da obra, naquele trecho, como “algo muito mal feito”. “Eu presenciei um acidente recentemente aqui. Vi gente cair, também. No primeiro caso, os bombeiros vieram socorrer uma mulher. Logo que inaugurou, fui pra frente e tropecei. Eu era mais um que era acostumado a ir reto”, argumentou.

Já a vendedora Viviane Castilho Leme, de 22 anos, que fica em uma banca das proximidades desta calçada, lamentou os fatos e diz que presenciou o acidente com a mulher. “Eu vi ela sangrando, o socorro chegando, foi horrível. Agora, mais recentemente, também vi uma velhinha caindo e o marido a segurou, quando ela já estava de joelhos”.

A outra vendedora, que não quer ser identificada, complementa que atua há 6 anos em uma loja da região, sendo que questionou os trabalhadores, na época da construção, ouvindo que a elevação na calçada estava exatamente como previsto no projeto.

“Eles falavam que não tava errado, que fizeram porque estava no projeto, então, ao menos poderiam ter colocado um corrimão para as pessoas saberem da mudança”, disse.

Durante as obras, a prefeitura também comentou que foi necessário “baixar” o nível da calçada, assim como foi feito em todas as esquinas, para poder colocar as travessias de pedestres, na norma, com a inclinação correta, sendo de até 3% de inclinação na faixa transitável e 8,33% de inclinação na rampa de cadeirante.