Em junho de 2021, quatro crianças ficaram órfãs após a morte da mãe por Covid-19 em . Ao mesmo tempo, familiares lutavam para ampliar o espaço da casa da avó no município de — para onde as crianças seriam encaminhadas. Um ano depois da matéria do Jornal Midiamax, a casa já havia ganhado um novo quarto, banheiro e camas. E as crianças tentam aprender a lidar com a saudade da .

Como relatado pela tia das crianças, Cristiane Duarte de Oliveira, de 36 anos, a solidariedade foi fundamental para construir uma nova realidade para as crianças. “Mandamos a reportagem para os amigos. Conseguimos R$ 3 mil em dinheiro e alguns doaram material, ferro e piso”, disse ela.

Banheiro durante a construção (Foto: Cristiane Duarte de Oliveira / Arquivo pessoal)

Com o valor e material arrecadados, eles deram início às construções. “Construímos um quarto, banheiro e colocamos piso, a reforma foi terminada no dia 29 de agosto. Moradores da cidade doaram duas beliches e colchões. Para eles que iam dormir no chão foi muito bom, lá é muito frio e estávamos muito preocupados em relação a isso”, disse ela.

Saudade que não passa

Em conversa com os meninos — atualmente de 16, 15, 11 e 9 anos — a tia tenta confortar os corações que sentem falta da mãe. “Eles estão se recuperando, mas é questão de tempo. Eles me mandam fotos da mãe deles, falando que estão com saudade dela. Sempre estão lembrando dela. No começo ficaram revoltados, e falavam: ‘se minha mãe estivesse aqui'. Sempre que estão juntos eles comentam”, disse ela.

Parte interna do quarto (Foto: Cristiane Duarte de Oliveira / Arquivo pessoal)

Para o futuro das crianças, a tia estimula o estudo com frequência. “Estão estudando, foi a primeira coisa que eu fiz. Liguei para o de Antônio João e pedi para liberaram vagas. Eu falo muito para eles não desistirem da escola”, disse ela.

E tenta levar o sonho da mãe dos meninos à risca. “Antes de morrer, a mãe deles me falou para não deixar eles pararem de estudar: ‘quero que meus filhos se formem'. Eu tinha muita convivência com ela, agora que vai fazer um ano o coração acelera muito”, finaliza.