Xepa para 3ª dose? Sesau explica por que doses de reforço não sobram nos postos de Campo Grande

Imunizante utilizado para D3 tem validade maior e não há necessidade de finalizar o frasco rapidamente

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Imunização é realizada no período da tarde.
Imunização é realizada no período da tarde.

A campanha de imunização avançou muito nos últimos meses e, se antes havia muita procura pela xepa nos postos de saúde, hoje a fila por doses já não existe mais em Campo Grande. Com vacinas disponíveis para 1ª e 2ª doses, não é preciso ficar na fila de espera e muito menos esperar por uma ligação para ser vacinado. Mas, e a 3ª dose? Com a dose de reforço disponível somente para idosos e profissionais da saúde, quem está de fora pode entrar na fila? 

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) explica que não. A chamada xepa da vacinação era um recurso utilizado pelos postos de saúde para evitar a perda de doses. Alguns imunizantes tinham um prazo curto de validade após aberto e, como cada frasco tinha 10 doses, acontecia de sobrar doses no fim do dia. E é aí que entrava a xepa: os inscritos poderiam ser chamados para receber a 1ª dose antes de serem contemplados no calendário. 

Com a xepa, muita gente conseguiu antecipar a vacinação e teve até uma jornalista que criou um manual para ajudar os interessados. Passados alguns meses, a campanha de vacinação avançou muito e o recurso já não é mais necessário. 

Conforme a secretaria de saúde, não é possível ter uma xepa para tomar a 3ª dose. “A utilização de doses remanescentes para o reforço vacinal não se aplica, visto que é necessário que a pessoa se enquadre nos requisitos estabelecidos pelo Ministério da Saúde e Secretaria Estadual de Saúde para recebimento desta dose”, explica. 

Para receber a 3ª dose, é preciso ter mais de 60 anos ou ser profissional da saúde. Além disso, é preciso ter tomado a 2ª dose há pelo menos quatro meses. A Sesau reforça que outro fator que era utilizado para a aplicação de primeira dose remanescente e não se enquadra no critério para o reforço é o tempo de validade da dose. 

As vacinas que eram aplicadas tinham um prazo de 8 a 72 horas para serem aplicadas. Caso contrário, as doses eram perdidas. No caso da 3ª dose, o cenário é outro: são aplicadas doses da Pfizer, que têm validade de cinco dias após abertas. “Desta forma, não há a necessidade de finalizar rapidamente o frasco, além dele também ser utilizado para aplicação de primeira e segunda doses”, frisa a secretaria de saúde.

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