teve o 6º maior número de mortes por covid a cada 100 mil habitantes do país, com mais de 1 mil mortes em 30 dias no período. Assim, o infectologista da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e referência em MS, Júlio Croda, recomendou que sejam adotadas mais medidas restritivas.

Em seu perfil oficial no Facebook, o especialista reforçou a necessidade de açoes certeiras para conter, de fato, o avanço da doença e evitar o aumento no número de mortes. “No mes de março, o estado de Mato Grosso Sul foi o sexto em óbitos por 100 mil habitantes. O resultado mostra que não basta abrir leitos, é preciso medidas restritivas, distanciamento e máscaras para salvar vidas”, afirmou.

Conforme os dados apresentados pelo médico, Mato Grosso do Sul teve, no mês mais mortal da pandemia, 1.054 óbitos pela doença, que totaliza 37,5 mortes para cada 100 mil habitantes. Então, o Estado ficou atrás apenas de: (67,7), (49,1), Rondônia (47,9), Distrito Federal (43,8) e Goiás (43,5). O vizinho, Mato Grosso, por exemplo, foi o 3º com menor taxa de letalidade por 100 mil habitantes, com 9,8.

Mês mais letal

O mês de março fechou com 1.054 mortes por covid e se tornou o mais letal da pandemia em MS. Até então, os meses mais letais, após março de 2021, haviam sido dezembro, com 588 mortes e janeiro, com 569 vítimas fatais.

Isso significa que cerca de 34 pessoas morreram por dia vítimas do coronavírus no Estado, ou seja, mais de uma pessoa morreu por hora durante o período em MS. Então, com o ritmo avançado da doença, em março o coronavírus se tornou 2,6% letal em MS. Lembrando que a letalidade é a divisão da quantidade de mortes pelo número de infectados. 

Então, comparado com dezembro, março teve aumento de 48% nas mortes por coronavírus. São 453 óbitos a mais do que o mês anterior, fevereiro, que registrou 408 vítimas fatais da Covid-19.

A última semana de março também teve outro recorde negativo: o pico do número  de casos. Foram quase 10 mil novas pessoas infectadas em um período de 7 dias.