Passada entre gerações, paixão por ‘gibis’ promove leitura e feira de trocas em Campo Grande

No evento, é possível trocar e vender exemplares das revistas em quadrinhos

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Foto na Banca Modular em Campo Grande
Foto na Banca Modular em Campo Grande

Da infância a vida adulta, as revistas em quadrinhos compõe a formação cultural de uma parcela da população. Em Campo Grande, a ‘Super Feira de Quadrinhos’ – realizada na Banca Modular – promove a troca e venda de exemplares, além de fomentar a cultura dos gibis e o estímulo a leitura.

Para o analista de sistema Douglas Rossi, de 40 anos, a paixão começou na adolescência, estimulando a sede pela leitura. “Acompanho história em quadrinhos desde a adolescente, já tinha essa cultura da leitura”, disse ele.

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Manoela Rossi(Foto: Henrique Arakaki / Jornal Midiamax)

A paixão pelas boas histórias perpetuou-se pelas gerações e hoje, as visitas na banca são feitas sempre com a filha. “A mãe dela e eu gostamos de ler, ensinamos a Manoela antes dela ser formalmente alfabetizada. Acho importante esse hábito, ela começa a se esforçar mais nos estudos e na escola”, disse ele

Com apenas 9 anos, a filha Manoela Rossi já tem a sua própria coleção pessoal de leitura “Eu gosto muito de ler gibi, tenho uma coleção que eu não quero trocar por nada. Eu gosto mais de ler o físico, porque eu gosto de virar as páginas. Os meus pais tentaram o kindle, mas eu não sou muito chegada”, explicou Manoela.

Com quatro novos gibis a pequena leitora não gosta de perder tempo, e lê tudo o mais rápido possível. “Leio mais de um gibi por dia, meus pais tem que guardar os outros pra eu não ler tudo de uma vez”, explicou.

Coleção com mais de 3 mil revistas

Cliente e expositor da feira, Juliano Berton, de 48 anos, é um dos aficionados por quadrinhos que começou desde cedo. “Gosto de leitura desde criança, por causa da minha mãe. Tinha muito gibi, e na época não tinha videogame e celular. Ao longo dos anos fui experimentando e escolhendo o que me agradava”, disse ele

Com uma coleção de mais de 3 mil exemplares entre quadrinhos de super herói, nacionais e europeus. A feira foi uma forma de conquistar títulos diferentes e promover um intercâmbio cultural. “Sou cliente há muitos anos, todo mês eu venho para pegar novos gibis. Esses que eu trago são os que eu não quero mais. Quando ele falou da feira eu achei legal, uma chance de você ver algumas edições que você quer, bater papo e vender”, finalizou. 

Qual o perfil de quem gosta de revista em quadrinhos?

Para o idealizador da feira e proprietário da banca, Daniel Magalhães de 34 anos, a ideia surgiu em outubro do ano passado, e ajudou a estimular a cultura do nicho na Capital.  

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Daniel Magalhães (Foto: Henrique Arakaki / Jornal Midiamax)

“Acontece todo segundo sábado do mês, qualquer pessoa pode trazer o seu quadrinho para trocar ou vender. A gente começou no ano passado, foi uma maneira de estimular a clientela tanto para adquirir novas unidades com desconto, mas também para movimentar as suas coleções particulares, para adquirir outros quadrinhos que não estão em circulação”, detalhou.

Sobre o perfil de quem frequenta o local, Daniel afirmou que isso depende da faixa etária e do gosto de cada leitor.

“Normalmente são pessoas que gostam de acompanhar filmes ou séries. Os quadrinhos mensais saem todo mês, e o leitor está sempre atrás para descobri o próximo capítulo, para ver como a história continua. Nos mangás são os mais jovens, menos de 30 anos. Já nos quadrinhos de super-heróis a média fica entre 25 e 50 anos. Para os quadrinhos Italianos o público médio é de 30 em diante, já atendi um senhor com mais de 70 anos”, explicou.

 

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