Segunda noitificação de suspeita de ‘fungo negro' em MS, paciente corumbaense de 50 anos está internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva da Santa Casa de Corumbá. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde informou ao Jornal Midiamax nesta sexta-feira (4), ainda não há possibilidade de transferência. O caso suspeito de mucormicose, conhecido popularmente como “fungo negro”, foi notificado pela SES-MS (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul) nesta quinta (3).

Obeso e hipertenso, o paciente recebeu as duas doses da vacina contra o novo coronavírus em 20 de janeiro e 5 de fevereiro. Na quarta-feira (2), ele apresentou sinais da mucormicose, como necrose ocular bilateral. De acordo com a Secretaria de Saúde de Corumbá, “o material foi coletado e encaminhado para análise” e ainda não há confirmação.

O primeiro caso suspeito foi relatado na última segunda-feira (31), quando o Cievs recebeu a informação da (Secretaria Municipal de Saúde) de Campo Grande. O paciente era um idoso de 71 anos internado com covid-19 desde o dia 18 de maio. O paciente chegou a ter vaga regulada para um outro hospital, mas devido ao estado de saúde, não pôde ser transferido, e faleceu na última quarta-feira (2)

Doença

A Mucormicose é uma infecção não transmissível causada por diversos tipos de fungos da ordem Mucorales. A doença é também chamada de “fungo negro” e possui difícil diagnóstico. Em contato com pele e mucosas, geralmente produz lesões necróticas no nariz e palato (céu da boca). Tendo como exemplo o aumento de casos na Índia, a infecção, também conhecida como fungo negro, tem começado a causar espanto no Brasil. 

A SES destaca que a “mucormicose geralmente ocorre em pessoas que têm comorbidades ou utilizam medicamentos que diminuem a capacidade do corpo de combater algumas doenças”. O avanço da doença pode causar sintomas que se iniciam com dor orbital unilateral ou facial súbita, podendo conter obstrução nasal e secreção nasal necrótica.

“Há a possibilidade de ocorrer lesão lítica escura na mucosa nasal ou dorso do nariz, celulite orbitária e facial, febre, ptose palpebral, amaurose, oftalmoplegia, anestesia de córnea, evoluindo em coma e óbito”, informa o comunicado. Quando avançada a doença, o tratamento envolve remover cirurgicamente todos os tecidos mortos e infectados.

“Em alguns pacientes, isso pode resultar em perda da mandíbula superior ou às vezes até mesmo do olho”. Para cura são necessárias de quatro a seis semanas de terapia antifúngica intravenosa. Por afetar várias partes do corpo, “o tratamento requer uma equipe de microbiologistas, especialistas em medicina interna, neurologistas intensivistas, oftalmologistas, dentistas, cirurgiões e outros”.