Moradores invadem área de proteção, protestam e Amahsf retira apenas barracos desocupados
Desocupação foi notificada na quarta e foi iniciada na manhã desta quinta
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Moradores de uma área invadida no Residencial Mário Covas, em Campo Grande, travam um embate com a Prefeitura Municipal na manhã desta quinta-feira (20) ao se recusarem a sair de seus barracos localizados em uma APP (Area de Proteção Permanente).
Equipes da Amhasf (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande) foram ao local na tarde desta quarta-feira (19) pedindo para que os moradores saíssem do local, pois as casas seriam desocupadas na manhã de hoje.
Sem ter para onde ir, muitos continuaram em suas residências esperando a chegada da equipe na data de hoje. De acordo com um dos moradores, que preferiu não se identificar, eles moram no local há três anos após perderam renda e não conseguirem mais pagar aluguel.
“Nesse tempo já recebemos outras notificações, até fomos na prefeitura para tentar regularizar a situação, comprar nosso terreno, mas não conseguimos”, comentou o morador.
Ele comenta que sem conseguir comprar a casa, acabou morando por lá com seu irmão, mãe e esposa – gravida no momento. No local, equipes da Guarda Civil Metropolitana foram acionadas para derrubar os barracos que se encontram vazios. O morador comenta que as equipes pedem que as residências sejam esvaziadas para então serem derrubadas.
A Amhasf confirmou a ação realizada na ocupação e, por meio de nota, explicou que o local se trata de uma APP e por conta disso construções privadas ou públicas não podem ser realizadas.
Em relação a tentativa de compra do imóvel, a agência explicou que se trata de uma alternativa corriqueira das pessoas que moram em invasões, mas que não pode ser atendida por meio de lei, já que eles não estão inscritos em programas habitacionais e caso a venda fosse feita iria desorganizar todo o programa habitacional da cidade, que hoje, já conta com 45 mil pessoas na fila de espera.
Os moradores realizaram criticas à forma de agir da prefeitura, que segunda eles, “mandam embora sem se importar para onde as pessoas vão”. A reportagem entrou em contato com a SAS (Secretária Social de Assistência Social), no entanto, a secretaria informou que a Amhasf é quem deve ser consultada sobre o assunto.
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