O  número não é tão grande quanto parece ser o problema. Segundo a SAS (Secretaria de Assistência Social), até setembro de 2021, 37 crianças, de zero a 11 anos, e 16 crianças, de 13 a 17 anos, foram atendidas por meio do SEAS (Serviço Especializado em Abordagem Social), responsável pelo atendimento a moradores em situação de rua, uma condição que tem crescido muito em Campo Grande. Em todos os casos, os menores estavam acompanhados de familiares.

O problema social se intensificou desde o começo de 2020, período em que também estourou a pandemia. Durante as visitas das SAS, são identificadas, além de pessoas em situação de vulnerabilidade, casos de trabalho infantil e exploração sexual de crianças e adolescentes, por isso o trabalho é feito de forma permanente.

Segundo a SAS, quando as equipes identificam ou recebem denúncia — sobre alguma criança ou adolescente em situação de rua — esse menor é abordado e nesse momento é questionado sobre sua família e endereço. Na maioria das vezes — e nesse ano em todas as situações —, eles  informam sobre sua residência.

A instituição ainda explica que, quando a equipe chega a casa do menor, é feito um relatório da situação e acionados os equipamentos da rede de assistência social e para acompanhar a situação da família.

Após o atendiemnto pela SAS, a criança é encaminhada para um dos cinco Conselhos Tutelares de Campo Grande. Lá pe feito o atendimento e o acompanhamento desses menores, ou seja, é uma segunda etapa.

Segundo a conselheira Ana Caroline Kalache, nos últimos anos, houve um aumento no número de atendimentos, tanto de pessoas do Brasil, quanto de imigrantes estrageiros. “Na verdade houve um aumento de forma geral na mendicância, e nesse caso não é diferente”.

A SAS orienta a população para que, ao encontrar uma pessoa em situação de rua, entre em contato pelos telefones do SEAS que funcionam 24 horas: (67) 98404-7529 ou 98471-8149.

*Matéria editada para alterar a atribuição do Conselho Tutelar em casos como o descrito na reportagem.