Em rotina de aulas virtuais há 1 ano, pais se tornam professores dos filhos em Campo Grande
Papel dos pais está indo mais do que acompanhar o desempenho do filho
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Há mais de 1 ano com as escolas em ensino remoto, os pais continuam desempenhando também a função de professores dos filhos devido as limitações impostas pelas aulas virtuais em Campo Grande. Consequentemente, a modalidade deixa de ser ‘ensino remoto’ e passa a ser ‘educação domiciliar’ (ou homeschooling).
A pandemia fez com que as escolas e universidades optassem pelo EAD (Educação à Distância), na qual os processos de ensino e aprendizagem ocorrem com a utilização de meios e tecnologias digitais, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares fora da sala de aula.
Muitas mídias, como por exemplo, aula gravada em vídeo, apresentações, links para sites, exercícios para realizar remotamente, são usados nessas modalidades.
Porém, a maioria dos alunos pode não se adaptar a essa forma de ensino, que corta o vínculo e o contato presencial com o professor, que é importante principalmente na fase de alfabetização.
Aí é que os pais entram e precisam, as vezes, mais que orientar na atividade, mas fazer o papel do professor e explicar o assunto ou matéria. Isso acontece não pela falta do profissional, mas pela limitação dos meios digitais, como dificuldade de lidar com a tecnologia ou falta de infraestrutura.
Dessa forma, o ensino remoto passa a ser mais como o ‘homeschooling‘, que é um método em que os próprios pais educam os filhos, ensinando-os desde aprender a ler e a escrever, até disciplinas mais avançadas, não sendo necessário o ‘aluno’ se matricular em uma escola.
Com o filho no ensino fundamental, a autônoma Maria Fernanda Grassi, disse estar se ‘desdobrando’ para dar conta de acompanhar a educação da criança e sua loja. “Eu percebi que o Gustavo [de 8 anos] teve mais dificuldade para absorver os conteúdos. Então agora eu passo muito mais tempo com ele nesses momentos de estudo”, contou ao Jornal Midiamax.
Segundo ela, sua loja demanda “quase 24h por dia de atenção” e o aumento de função com o filho atribulou mais a rotina. “As vezes não dou conta e meu marido que assume [com o Gustavo]”, disse.
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