O primeiro dia de provas para o concurso público da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul acontece neste sábado (4) e foi montado um esquema de inteligência para evitar fraudes no certame. O concurso, que tem 236 vagas e salários de até 17 mil, já foi alvo de polêmica quando um candidato disse em live que havia ‘cartas marcadas’.

Com o objetivo de promover um concurso com lisura e transparência, uma comissão foi montada com departamento de inteligência para impedir ações de possíveis hackers e fraudes. A comissão envolveu diversos setores da Polícia Civil, como explica o delegado Roberto Gurgel, diretor da Acadepol-MS (Academia de Polícia Civil do Mato Grosso do Sul).

“Temos muitas pessoas da inteligência nos locais de prova, talvez vocês nem percebam. São profissionais capacitados para impedir qualquer conversa por rádio, celular, comunicação externa ou fraude por parte dos candidatos”.

A diretora-presidente da Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura), Nilde Brum, explica que são 641 profissionais envolvidos somente para a prova deste sábado (4), ocorrida de forma simultânea tanto na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) como a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Ela afirma que está sendo usado o detector de metais e ainda houve “muito preparo” para lidar com todas as situações, além do plano de biossegurança.

O delegado Gurgel também comentou sobre a presença das viaturas e equipes da Polícia nos locais de prova, com o objetivo de incentivar os candidatos a entrar para a corporação. “Eu, há 15 anos, via a viatura e pensava: ‘eu vou estar lá dentro’. As equipes de policiais fizeram questão de estar aqui trabalhando para despertar o interesse no trabalho de segurança [pública]”.