Com restrições em escolas e creches fechadas, cuidadoras e babás são opção para pais que precisam trabalhar
Pandemia vetou aglomerações nesses espaços, abrindo as portas das casas de cuidadoras
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As Ceinfs de Campo Grande já completam um ano fechadas, medida tomada em março de 2020 por conta da pandemia que ainda assola a Capital de Mato Grosso do Sul. A nova realidade afetou diversos pais e mães, além de babas e cuidadoras, que se beneficiaram do alto valor das escolas particulares.
Mariana Oliveira dos Santos, 27 anos, planejou o nascimento de Eloah Ostenberg para 2020, o que ela não esperava era uma pandemia que afetasse todo o funcionamento público das cidades.
Ela e o como marido, trabalham durante todo o dia e o plano era que a Eloah frequentasse uma Ceinf, popularmente chamada de creche, algo que se tornou impossível com a pandemia. Com a situação, a primeira alternativa que surgiu foram as escolas particulares, que já atendem os alunos no ensino hibrido.
“Mas a gente viu que ia ficar muito caro pagar uma escola”, comentou Mariana. Assim, ela acabou encontrando a Rosangela Martines, 55 anos, que cuidava de crianças cujos os pais não tinham tempo ao longo do dia por conta do trabalho.
Com isso, Mariana se viu diante de uma grande economia, ainda acima dos gastos planejados com as instituições públicas, mas compensatórios em relação as escolas particulares. “Nosso plano era gastar cerca de R$ 200,00 por mês e hoje gastamos R$ 600,00, precisamos nos apertar aqui e ali, mas agora já nos organizamos com essa nova realidade”, disse a mãe.
Rosangela Martines, que cuida de Eloah, é uma entre tantas outras mulheres que passaram a trabalhar como babas ou como “Mães Crecheiras” durante a pandemia, uma forma de manter ou iniciar uma nova fonte de renda.
“Eu trabalhava em uma empresa e acabei saindo no começo da pandemia, estava sem emprego e então fiquei cuidando das minhas netas, com o tempo uma amiga perguntou se eu poderia cuidar do bebe dela, depois minha ex-nora pediu a mesma coisa e assim começou”, comentou.
Rosangela explica que se tornar uma ‘mãe crecheira’ não foi algo planejado, mas que aconteceu e então ela encontrou uma forma de continuar trabalhando e ajudar mães e pais durante a pandemia.
Assim como Mariana, Tatyane Oliveira Santinoni, também precisou encontrar sua ‘Rosangela’ para fugir das altas mensalidades cobradas pelas escolas particulares. Em uma situação um pouco diferente, sua filha já possui quatro anos, idade da pré-escola, que torna uma rotina da mãe “uma correria”, como ela mesma comenta.
Tatyane explica que no começo conciliou o home office com os cuidados da pequena Sophia, em casa, ela trabalhava e ajudava nos deveres repassados pela escola. Algo que não foi mais possível de ser feito com a volta do trabalho presencial.
“Neste ano eu retornei com o trabalho presencial, então foi um desafio para mim, porque não tinha aula presencial e não tinha com quem eu deixar, minha família mora distante e meus pais são aposentados, eu não queria incomodar”, comentou a mãe.
Sem saída, Tatyane explica que foi a procura de uma escolinha que oferecesse o ensino presencial na pandemia ou uma baba para ficar com a Sophia ao longo desse período de pandemia. “No meu caso eu encontrei uma pessoa, fui conhecer essa pessoa, passei uma manhã toda lá conversando, ela cuida de outras crianças que as mães procuravam alternativas como eu”.
Essa foi a opção viável financeiramente encontrada por Tatyane, pois precisava deixar a Sophia em tempo integral e as mensalidades cobradas pelas instituições particulares ficariam acima de seu orçamento.
Depois da pandemia
Pensando um pouco à frente, as mães admitem que ainda não se planejaram para o fim da pandemia, mas admitem que não se sentem seguras com o retorno das aulas, “apenas com a vacina”, disse Mariana.
Após a experiencia com as ‘mães crecheiras’, Mariana e Tatyane possam ter encontrado uma nova saída para a rotina diária de trabalho. “Olha, depois que as aulas voltarem ao normal, talvez eu ainda continue deixando a Sophia durante o período da tarde, vai depender dos meus horários e do meu marido”, comentou Tatyane.
Mariana ainda não planejou o próximo passo com exatidão, mas já adaptada com a nova realidade, não acredita que a decisão deve ser tomada com urgência. “Hoje o pagamento da baba já está incluso o nosso orçamento, então eu penso em colocar no Ceinf, mas apenas depois da vacina, do jeito que está hoje é perigoso”.
O mesmo vale para Rosangela. “Eu ainda vou avaliar como tudo vai ficar, mas muitas mães pensam em deixar os filhos de manhã ou de tarde, então talvez eu continue, temos que ver se vai compensar, se valer a pena eu continuo cuidando das crianças”, brincou.
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