Com vias tomadas por valetas, moradores até deixam de usar carro no Noroeste
Esta é a realidade de moradores da rua Estrada Ew-01, no Jardim Noroeste, que foi tomada por valetas, que faz o local ficar intransitável.
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Imagine ter que abrir mão do próprio veículo por não conseguir passar na rua de casa ou até mesmo andar quadras para encontrar motoristas de aplicativos. Esta é a realidade de moradores da rua Estrada Ew-01, no Jardim Noroeste. A via do bairro da zona leste de Campo Grande foi tomada por valetas, que faz o local ficar intransitável.
De acordo com os moradores, a situação acontece há pelo menos nove anos. Com buracos e valetas enormes, que chegam a atingir quase um metro de profundidade, a rua impede a passagem de qualquer veículo.
Os problemas se tornam ainda piores quando o período é de chuvas, pois, os moradores ficam sem sair de casa por causa do córrego que se forma. O aposentado Aziberto Ramires, de 72 anos, trabalha em uma chácara em frente ao maior buraco da rua.
O senhor mora há pelo menos nove anos naquela região. Assim, ele lembra que toda vez que chove “tem enxurrada e fica parecendo um córrego, pelo barulho” da água correndo na via. Para ele já virou rotina ver pessoas ficando atoladas ou presas nos buracos da rua.
“Do ano passado para cá já ficaram uns quatro atolados aqui. É muito difícil para quem passa, já atolou muito carro aqui”, relata. Já o atendente de callcenter, Maycon de Lima, 24 anos, é um dos que deixou de ter um veículo próprio por não conseguir passar na rua em que mora.
Ao Jornal Midiamax, ele diz que deixou o carro com o pai, porque não conseguia manobrar o carro para fora de casa devido aos buracos e valetas. “Não posso ter um carro, a cratera está tão grande que eu não tinha como manobrar para sair. Nem carro e nem camionete passam”, explica ele, lembrando que em dias de chuva a situação piora.
Situação crítica
Mesmo a pé, os moradores passam dificuldades para ir e vir. “Sair a gente não sai”, comenta ele sobre dias de chuva. Além disto, dias de sol são marcados por pequenas caminhadas. Para sair da via em que mora, Maycon explica que precisa andar até a BR ou cortar por dentro do bairro.
Assim, a empresária Tânia Maria da Silva, de 47 anos, destaca que até mesmo para chamar motoristas de aplicativo é preciso andar pelo menos duas quadras. A rua possui tantas crateras e valetas que os profissionais preferem esperar em quarteirões acima do local.
Para conversar com os moradores, a equipe do Jornal Midiamax precisou parar o carro há duas quadras da parte mais crítica da rua. Então, foram necessários alguns minutos andando cuidadosamente entre as valetas e buracos, até chegar aos leitores Midiamax.
Então, a empresária explica que “há oito anos é essa situação. O que você está vendo está bonito”, diz brincando com a triste realidade. Em tempos mais críticos, ela lembra que “esta cratera quase derrubou um muro”. Além disto, “os canos de água são levados com a chuva e um poste já caiu” na rua.
Problemas recorrentes
Por fim, os moradores afirmam que a região até recebe obras, mas nunca são eficazes à longo prazo. “Arrumam mas não fazem contenção de água, no outro dia chove e leva tudo”, relata Tânia. Ao Jornal Midiamax, a Prefeitura de Campo Grande informou que “a Sisep está com equipes de manutenção no Jardim Noroeste e vai recuperar os pontos críticos da malha viária”.
Assim, destacam que a “Prefeitura está empenhada em buscar recursos para lançar novas frentes de pavimentação na cidade”. De acordo com a gestão estão previstas obras na rua Belas Artes nesta sexta-feira (26).
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